O VAZIO DA MÃE... é incomensurável, a ferida é tão grande e tão vasta que a mulher perante o seu vazio esconde e recalca todo o amor frustrado pela mãe...e odeia, e é desse fundo que ela odeia ou ama em excesso os filhos e o amante...
Por outro lado é por causa desse vazio que a mulher mostra tão puco interesse em si própria; isso revela-se nos espaços que a mulher frequenta, e não só ao não estamos presentes, simulando um aoutra que não somos ou apenas de maneira a fugirmos de nós. A dor do vazio é imensa...
Este é um texto clarissimo e que nos fala dessa dor e desse vazio
"A falta de reconhecimento dos nossos desejos é uma falta de reconhecimento da nossa existência, posto que 242 que é o nosso impulso vital não encontra resposta. E isto produz-se depois do nosso nascimento no qual sofremos muito e nos sentimos morrer. Todo ele produz um sentimento de que a nossa existência está seriamente ameaçada. A Falta Básica, no âmbito mais profundo da nossa psique, guarda essa angústia existencial, a angústia do questionamento da existência.
O vazio da mãe, como vemos neste livro, é o vazio que fica na mulher que foi excluída, proibida, enviada para os infernos; um vazio cheio de medos e de angústia, porque a mulher desnaturada não é capaz de reconhecer e de saciar os desejos do seu bebe e de lhe impulsionar a sua vitalidade.
A reivindicação da condição da mulher é a reivindicação de um outro mundo. Por isso a mãe, a maternidade, a mutterlich e a Muttertum são incompatíveis com a família e com o trabalho assalariado; nós, as mulheres, somos, na verdade incompatíveis com ela, com o Estado e com o Capital. Somos o real-impossível.
Quando formos capazes de ver o que foi destruído dentro de nós mesmas, a nossa sexualidade que perdemos, e por outro lado o vazio, essa falta interior, o sofrimento que a nossa anulação desencadeia, seremos a maior força revolucionária jamais vista ou imaginada, impulsionadas por um caudal infinito de energia libidinal liberta."
(in REFLEXIONES SOBRE LA VIOLENCIA INTERIORIZADA EN LAS MUJERES)
Casilda Rodrigáñez Bustos.
"A falta de reconhecimento dos nossos desejos é uma falta de reconhecimento da nossa existência, posto que 242 que é o nosso impulso vital não encontra resposta. E isto produz-se depois do nosso nascimento no qual sofremos muito e nos sentimos morrer. Todo ele produz um sentimento de que a nossa existência está seriamente ameaçada. A Falta Básica, no âmbito mais profundo da nossa psique, guarda essa angústia existencial, a angústia do questionamento da existência.
O vazio da mãe, como vemos neste livro, é o vazio que fica na mulher que foi excluída, proibida, enviada para os infernos; um vazio cheio de medos e de angústia, porque a mulher desnaturada não é capaz de reconhecer e de saciar os desejos do seu bebe e de lhe impulsionar a sua vitalidade.
A reivindicação da condição da mulher é a reivindicação de um outro mundo. Por isso a mãe, a maternidade, a mutterlich e a Muttertum são incompatíveis com a família e com o trabalho assalariado; nós, as mulheres, somos, na verdade incompatíveis com ela, com o Estado e com o Capital. Somos o real-impossível.
Quando formos capazes de ver o que foi destruído dentro de nós mesmas, a nossa sexualidade que perdemos, e por outro lado o vazio, essa falta interior, o sofrimento que a nossa anulação desencadeia, seremos a maior força revolucionária jamais vista ou imaginada, impulsionadas por um caudal infinito de energia libidinal liberta."
(in REFLEXIONES SOBRE LA VIOLENCIA INTERIORIZADA EN LAS MUJERES)
Casilda Rodrigáñez Bustos.
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