O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 16, 2022

Conferência da Deusa em Portugal, 13, 14 e 15 de Maio de 2022





O TESTEMUNHO DE UMA MULHER 
QUE MUITO ME HONRA...


Mais do que um Sonho, um Chamamento e um Legado.
Fica o registo, para quem o sentir e desejar viver ou reviver desta forma.
Ela
No Caminho que me levava para os braços da Deusa, a partir de casa, enquanto me dirigia para a Conferência em seu Nome, senti o ímpeto de colher flores. Flores para Ela. Colhi-as então, de cor rosa, branca, azul-lilás, compondo um lindo ramo que coloquei, em reverência, no solo que me acolheu. Foi assim a minha chegada, numa sentida homenagem ao Seu Colo e ao Seu Seio, que tanto me nutriram nestes dias.
Dias indubitavelmente mágicos, irreais, mas, paradoxalmente, muito mais reais do que tantos outros. Dias plenos de fascínio e beleza.
Entrei no espaço em plena consciência, procurando honrar cada Altar com a minha atenção muda e respeitosa.
Foram intensas todas as experiências que se seguiram, vibrantes de Vida, fazendo com que eta e Ela pulsasse por todo o nosso ser: o sangue correndo mais quente nas veias, o coração batendo ao ritmo das vivências, umas vezes descompassado, outras envolto na mais profunda paz.
Entreguei-me a Ela o mais que consegui, deixando que me conduzisse por tempos, espaços e códigos repletos de significado.
Inolvidável, mais além do esperado, tudo o que vivi! A honra que me coube junto a uma das senhoras mais distintas já conheci, Rosa Leonor Pedro Lilith. O poema dito e tão visceralmente sentido por Amala e por todas e todos os que o recebiam, tendo a Sacerdotisa cumprido e honrado subliminarmente a missão oferecida por uma das maiores escritoras e defensoras da Mulher.
As pessoas que conheci - porque assim estava escrito - pessoas cuja afinidade e amor fraterno se refectiu nos abraços que consolam e chegam até à alma.
Ainda não desci o suficiente até este plano, talvez. Continuo imersa em beleza, embevecida por tudo o que recebi. Tudo foi perfeito, desde o afago envolvente das árvores, o lago de nenúfares com o leve coachar pela noite fora. A mensagem que recebi à chegada, que me disse, em tom preciso, exactamente, o que precisava ouvir. Os Altares. O Grupo Cerimonial. As Sacerdotisas. Toda a equipa, que tão gentilmente me acolheu. As Mensagens essenciais das Oradoras. A Música. O Som do Gongo. O Som do Tambor. O Som das nossas Vozes. As Danças Círculares. A Cerimónia Noturna. Os desafios. Os pirilampos que me acompanharam pela caminhada noturna na serra, para ver o Castelo dos Mouros iluminado. As confidências trocadas, a cair de sono, com os parceiros de camarata. A cerimónia de Aurora ao Nacer do Sol!
Que almas tão grandes e generosas conheci ou revi. Vindas e vindos de vários pontos do país, da Espanha, da Irlanda, do Brasil... Nas mulheres, no menino de 12 anos que ficou no meu grupo, no outro elemento do sexo masculino, já de barbas brancas, ambos representantes do sexto masculino no mesmo. A colega de Português com uma sucessão de mestrados, devotada à magia e a uma sabedoria muito antiga, uma sábia e talentosa artesã com uma força e generosidade inequívocas.
O Mago perito em Herbalismo e Medicina Tradicional Oriental, perito também na Arte do Gongo, emanando uma simplicidade e discrição que não conseguiram ocultar a sua mestria e saber sublime. A meditação. A união.
Tudo na mais mágica terra do nosso país, vivendo tanto, tanto do que a minha Alma sempre quis, realizando sonhos antigos e satisfazendo vontades emergentes das minhas entranhas, como a Dança Na Floresta, com a Bênção da Lua quase cheia e da Chuva que começou a cair enquanto os nossos pés descalços honravam o solo ancestral e o nosso Coração se abria à Deusa, ao Céu, à Terra e a nós próprias.
A Conexão com a Deusa ao longo destes dias, neste Evento que tanto a louvou, foi, sim, real e sagrada, a fazer-se sentir no mais simples e no mais profundo, na verificação de que tudo em redor se acabou por harmonizar e se harmonizou para mim.
No momento mais solene, senti, intrinsecamente, a sua Voz e Presença em cada fibra do meu ser, o que fez com que as minhas águas deslizassem pela face, de pura emoção, gratidão, reconhecimento e entrega.
Também aqui a perfeição e o sentido, na sacerdotisa que me conduziu, assim como na que me recebeu.
Sei que o que vivi me aconchegará, exponenciando a minha e a Sua força, e que o meu enlevo acalentará os meus dias, fazendo-me sorrir secretamente nos momentos mais inesperados.
Sei que longamente o esperava, tal como Ela por mim, tal como a Vida Plena e a Abundância por nós, a cada instante.
Vou voltar. Sei que estou com Ela, que por Ela ansiava. E que Ela sempre me buscará.
Obrigada.
Fátima


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