O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 30, 2022

a minha afinidade com todas as mulheres




"Olhei cada uma daquelas mulheres, e com lágrimas de uma alegria inexplicável, senti dentro de mim que reconhecia todas elas, uma por uma. Vi, ainda, a reencarnação do sonho das mulheres abandonadas na terra. A força terrível do conhecimento surgiu deixando-me ver as irrevogáveis consequências das ações. Fiquei atraída por aquela visão - por aquela misteriosa alegria de viver, por aquele espelho de fatos jubilosos e brutais da vida e da morte, da dor e do prazer. Meus pensamentos seguiam um labirinto de símbolos, imagens e de ideias primitivas, cada uma, a seu modo, mais fascinante que a outra, deixando atrás uma solidão dolorida. Tão poucas pessoas se rendem ao sentimento do amor, tão poucas pessoas o conhecem, poucas o vivem. E, então, para atravessar aquela escuridão, uma ponte, a roda do destino. Daquele momento em diante, reconheci para sempre minha afinidade com aquelas mulheres." 

(O vôo da sétima lua - Lynn Andrews)

"As mulheres são as que educam os homens, seus filhos, seus netos. A mulher é a primeira escola, pois a primeira educação que se recebe é a maternidade. A mulher é a conhecedora dos mistérios da criação; ela conhece o mistério da origem da vida porque ela mesma é doadora de vida através da concepção. Se a Mulher estiver saudável pode formar uma família e uma comunidade saudável. É por isso que a mulher deve ser reconstruída para poder ter uma sociedade mais justa, equilibrada, sábia e harmônica. ”

María Quiñelén, Lawentuchefe (Mulher de Medicina Mapuche)

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