O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, dezembro 12, 2004

"A dupla essência, masculina e feminina, de Deus - a Cruz.
O mundo gerado, A Rosa, crucificada em Deus"


fernando pessoa

Envolta nas brumas do tempo,
espera sozinha no jardim,
velada, o nome desprezado, a Rosa abandonada.
Oposto perdido de Logos, a Palavra,
Filho do Pai,
Razão e justeza,
o eterno Ele.
Eros esquecida,
apaixonada,
a eterna Ela,
deixada prostrada no chão.

(...)

Mas agora, finalmente, ele procura-a.
Chama por ela.
Ele sabe que o seu nome è Rosa.


in MARIA MADALENA E O SANTO GRAAL
A MULHER VESTIDA DE ALABASTRO (QUETZAL)
margaret starbird

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