inteiramente oposto a todas as igrejas organizadas e,
sobretudo, à Igreja de Roma."
“É por isso que, sabendo nós que, actualmente, o cristianismo é o velho, o decadente, a esterilidade e o inútil – nós, conquanto não saibamos claramente, nem nitidamente prevejamos o que se lhe seguirá, temos ainda assim a consciência de que , atacando-o trabalhamos pela nova fé; (...) preparamos o terreno para o edifício novo; que, arrancando as plantas que degeneram em bravias, nós deixamos o lugar livre para a semente que germinará em planta, para no fim, degenerar também em bravia (...), e ser arrancada por outros, para que outras plantas novas nasçam, e assim indefinidamente e incompreensivelmente no suceder-se dos séculos, e em favor do mystério infinito.”
FERNANDO PESSOA
iN "Pessoa por conhecer - Roteiro para uma Expedição" de Teresa Rita Lopes
O REGRESSO ÀS NOSSAS ORIGENS...
(...) “A saudade pertencendo ao caminho da Lua, sua salvação é dada no mundo sublunar da transformação, do retorno cíclico da terra ao céu e do céu à terra, através da encarnação e reminiscências; tal ainda aquele regido e simbolizado pela serpente e pela espiral, (...)
Toda a estrutura da saudade pertencerá à metafísica lunar: como nesta, a sua ideia central é a do ritmo, na sucessão e união de contrários através do devir, por um dualismo solucionado numa integração final. (...)
A saudade, dentro de todo o seu contexto histórico, será marcadamente feminina, sua forma de ser e conhecer, fazendo-se preferentemente pelo sentimento, tal como essa religião e culto do passado galaico-português. Ela tece os fios do tempo na teia do devir, tal como a Grande –Deusa tecedeira, unindo passado e futuro. Assim já tecia a deusa lunar, como mediadora e senhora do tempo: com uma roca era representada a deusa encontrada em Tróia, assim como Isthar e a grande deusa hitita. E assim também as sucessoras da Grande-Deusa aqui neste mesmo território galaico-português, sobrevivendo através das lendas e tradições populares, as Mouras encantadas, também tecedeiras, como Circe ou Penélope, ou fiandeiras: defronte de seu tear ocultas no seu mundo subterrâneo, fazendo-se ouvir na noite de sua epifania, a noite se S.João; (...)
A saudade precederá também, na actual Galiza e Portugal, à chegada dos celtas, e será, com os vestígios megalíticos, a tradição matriacal e agrária, a demanda do Graal e o regresso ao Paraíso, uma herança do seu fundo pré-ariano.” (...)
in “DA SERPENTE Á IMACULADA”
De Dalila L. Pereira da Costa
"HÁ QUE VALORIZAR NOVAMENTE O YIN,
PARA QUE O ADVENTO DE UMA NOVA CULTURA,
UM NOVO TEMPO SOCIAL,
POSSA ILUMINAR A HUMANIDADE."
in o retorno do feminino (m.f.m.)
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