"O OCIDENTE: UMA PODRIDÃO QUE CHEIRA BEM,
UM CADÁVER PERFUMADO."
Emile Cioran
Perante o quadro de horrores que se nos apresenta da condição da mulher no mundo eu pergunto como é que há mulheres que se acham emancipadas e livres só porque usufruem de uma circunstância social e política mais favorável em alguns Países, e esquecem como há outras mulheres mortas e violadas, quando na sua frente e diariamente – jornais e televisões - mostram a violência doméstica a par da manipulação sexual, psicológica e afectiva da mulher, umas vezes de forma subtil outras de forma brutal. Pergunto-me como é que as mulheres do mundo ocidental, intelectuais e cultas, escritoras e políticas, se podem sentir confortáveis perante este quadro de realidade tão próximas e insistir na sua atitude de alienação dedicando-se a uma cultura de consumo, alimentando estereótipos de beleza fictícia, quer em si mesmas quer em relação à arte e literatura, contribuindo para a separatividade entre as mulheres e continuando em competição umas com as “outras”…
É evidente que me dirão que também os homens vivem indiferentes aos outros homens e que também não se preocupam com as diferenças e a guerra e os crimes que cometem entre si e que o mal é humano e generalizado...mas os homens não são Mães, não geram filhos nem os alimentam…e foram eles que criaram a separatividade entre as mulheres e exploram igualmente os outros homens. São eles os detentores do Poder. Foram eles que mantiveram as mulheres nessa separatividade e as fragmentaram para delas se servirem em metades: foram os patriarcas que em nome do seu “deus e de leis divinas”, dividiram as mulheres em si mesmas e depois entre umas e outras…condenando-as a usar véu e burka, culpando-as do pecado do sexo em vez de as dignificar como mães e amantes em paralelo.
São os homens que alimentam este estado de coisas em todo mundo e o defendem com unhas e dentes…
Cabe portanto à Mulher o papel de se consciencializar integrando a “outra mulher” e e depois lutar pela sua verdadeira emancipação que só acontecerá quando a Mulher for UNA e consciente de si própria, não aceitando essa divisão da mulher nem dentro nem fora…
Poderão se calhar pensar que é uma missão impossível, mas se cada mulher de per si se consciencializar do seu potencial e unir as duas partes de si divididas pelo cisma católico, se compreenderem o alcance dessa tomada de consciência individual e trabalho consigo mesma e isto em todo mundo será mais fácil dar outros passos, pois todo o movimento social começa por um movimento interior de consciência.
Assim, se houver um movimento de Consciência do Feminino e da Deusa Mãe a nível Panetário, se as mulheres compreenderem a sua divisão interna e a superarem poderiam unir-se e ser uma Força Mundial e salvar o Planeta da catástrofe que se adivinha há muito…
Acrescente-se agora (2016) a ameaça eminente e concertada do extremismo árabe e as violações recentes a mulheres na Alemanha na Bélgica Suíça e outros países, organizadas em grupo e em massa que ameaçam a Europa com a Migração massiva de muçulmanos e outros fundamentalistas ...
rosa leonor pedro
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