>"Á força de rejeitar o que a Feminilidade traz como solução à angústia do homem, cria-se em todo o caso uma humanidade perfeitamente neurótica.
(...)
Suprimindo a noção de Mãe-Divina, ou submetendo à autoridade de um deus-pai, desarticulou-se o mecanismo instintivo que fazia o equilíbrio inicial: daí advém todas as neuroses e outros dramas que sacodem estas sociedades paternalistas.
(...)
Esta querela entre o natural-instintivo e a razão, nunca passou de uma falsa questão, sendo responsável pela cegueira desta sociedade que, querendo corrigir o instintivo, castrou o ser humano do que era a sua profunda natureza.">
(...)
In LA FEMME CELTE - de Jean Markale
EROS E TANATOS
EROS, PULSÃO DE VIDA e AMOR... surge associado DESDE SEMPRE à vitalidade e sexualidade da Mulher que é pela Igreja de Roma, tida como a grande tentadora e a fonte do mal e do pecado, enquanto que TANATOS, PULSÃO DE MORTE e ÓDIO… é associado á Igreja de Roma na sua perseguição dos Cultos da Deusa Mãe, cultos da natureza e da fertilidade em contraponto com o Deus ascético dos católicos, representado no horror da morte de Cristo e na condição única de elevação “espiritual” feita através do sacrifício, renúncia e do saneamento do feminino.
Daí a “coerência” do discurso papal, apontado para a renúncia de Eros (da mulher) e sua cura…
Papa Ratz, Vol. 1:
Contra o erotismo e contra o marxismo(!)
“A primeira Encíclica de Joseph Ratzinger enquanto Papa foi hoje disponibilizada. Intitula-se «Deus é Amor» («Deus caritas est») e, na aparência, destina-se a motivar e a apelar ao trabalho caritativo. No entanto, nos seus 42 parágrafos também se encontra uma condenação clara do «eros» e uma preocupação anacrónica com o marxismo. Deixo aqui alguns apontamentos que me ficaram de uma leitura rápida.
1. Nos primeiros parágrafos, defende-se a «renúncia» ao erotismo e a sua «cura»(!). Concretamente, o alemão dos sapatinhos vermelhos diz-nos que
«o eros quer-nos elevar «em êxtase» para o Divino, conduzir-nos para além de nós próprios, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (páragrafo 5).Na verdade, esta obsessão católica (muito contra natura...) em reprimir a natureza humana é um problema real: ao longo dos séculos, as directrizes eclesiásticas têm desviado muitos sacerdotes católicos de uma vivência descomplexada e saudável da sexualidade, com danos sociais consideráveis. O problema ainda não foi enfrentado desta vez.”
(…)
Excerto tirado Do DIÁRIO ATEÍSTA
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