O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quarta-feira, janeiro 18, 2006
UM ESTADO DE ALMA...
Às vezes eu gostaria de me expressar em fuga…
Gostaria de me evadir desta realidade que me confronta, onde vejo as mulheres sofrer e por saber que muito pouco ou nada possa fazer para minorar o seu sofrimento. Não sei o que fazer às vezes deste meu lado humanista ou “sufragista”que sempre atrapalhou a minha vida e me fez retroceder em relação à minha ambição se é que alguma vez a tive…Não falo no plano material nem da realização profissional, mas a nível literário, direi poético…
Chamar a mim a Musa…
E partir para outro mundo, mais puro, mais digno…
Deixar levar-me na minha necessidade de beleza interior e do cântico sereno …
Mergulhar na harmonia do meu ser o ouvir os ecos da minha alma em silêncio.
Pairar no abstracto ao sabor das mágoas secretas…como fazem os poetas…
E cantar em tons dolentes as coisas passadas que nos atormentam.
Ou ficar a meditar, entrar em samadhi…
Mergulhar no plano búdico, para sempre…
Às vezes eu gostaria que este mundo fosse só Paz e Harmonia…
mas urge resgatar a Deusa Branca, a Senhora dos Tempos há muito esquecida…
Acordar a Bela Adormecida…
Libertar a menina prostituída, a mulher espancada pelo marido,
a jovem morta pelo pai por não querer ser vendida a um velho corcunda …
Salvar a mulher de burka espancada na rua
ou a mulher nua que posa numa revista de pornografia…
R.L.P.
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