O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 16, 2006

PARA AS MULHERES QUE ME ACHAM EXAGERADA E PERIGOSA NAS MINHAS AFIRMAÇÕES.
LEIAM POIS COM MUITA ATENÇÃO E NÃO ESQUEÇAM. DE NADA ADIANTA À MULHER
COMPRAR CREME PARA AS RUGAS...
E PENSEM MINHAS AMIGAS...COMO AS FÚRIAS!




"FALTAM MILHÕES DE MULHERES"...
in Revista "MUNDO e MISSÃO"

Pelas projeções das estatísticas destes últimos anos sobre a população mundial, estariam faltando 60 milhões de mulheres e meninas, mortas pela violência doméstica, deliberadamente ou abandonadas à mingua. Esse número corresponderia a pouco mais de duas vezes a população do Estado de São Paulo.
Esses dados aparecem num relatório patrocinado pelo Unicef e publicado pelo Instituto de pesquisa Inocenti de Florença, Itália, em 30 de maio. Nele, afirma-se que a violência contra as mulheres e as meninas já assumiu proporções de uma epidemia mundial difícil de combater porque, geralmente, isso acontece dentro da família e ninguém quer denunciar, mas, pelo contrário, esconder.
O relatório foi preparado para constatar se houve um avanço nos direitos da mulher, conforme recomendação da IV Conferência sobre as Mulheres que aconteceu na China em 1995, tendo sido discutido na Assembléia Geral da Onu entre os dias 5-9 de junho deste ano. A conclusão, infelizmente, é pouco animadora e até pessimista: a violência aumentou em quase todos os países.
As formas da violência exercida contras as mulheres são múltiplas: aborto programado por lei (como na China, por causa da política do filho único); aborto provocado quando se descobre que o feto é feminino; abandono da recém-nascida para que morra de fome, e outras maneiras de eliminação, práticas toleradas em países paupérrimos, onde a menina, pela cultura tradicional, é considerada mais um peso que uma ajuda para a família. Fome, torturas, venda de meninas para a prostituição, proibição para que sejam atendidas nos hospitais, exclusão das escolas, prostituição forçada e trabalhos pesados acima das suas forças são outros meios para eliminar física e psicologicamente as mulheres.

O relatório revela também que somente 44 países, sobre 192, têm uma legislação que deveria punir os agressores contra as mulheres, entre esses, 12 são latino-americanos. No Brasil, embora haja numerosas delegacias da mulher, são poucos os crimes que, de fato, conseguem ser punidos, inclusive porque as próprias vítimas têm medo dos agressores e nem sempre são respeitadas pelas autoridades policiais.

Outro dado é que a violência é comum em qualquer cultura e não somente nos países pobres. Nos Estados Unidos, por exemplo, 28% da população feminina declaram ter sofrido, pelo menos uma vez na vida, uma agressão física. No Canadá, 29% também já foram vítimas de agressões em particular na adolescência. Os números, porém, são mais dramáticos em países como na Rússia, onde 25% de 172 meninas entrevistadas - contra 11% de 174 meninos - sofreram violência sexual entre 14-17 anos.

Algumas sugestões são apresentadas para amenizar a situação, como a necessidade de uma legislação apropriada que todos os países já deveriam ter; um maior e melhor contingente de pessoas, em delegacias e tribunais, para amparar as mulheres vítimas de violência; um pessoal especializado e multidisciplinar para atender as várias necessidades das mulheres e meninas violentadas.
Tipos de violência contra mulheres e meninas

Fase da vida Tipo de violência

· Pré-nascimento: aborto seletivo

· Infância: infanticídio, abuso sexual, físico e psicológico

· Puberdade: casamento forçado, mutilação dos órgãos genitais, abusos sexuais, incesto, prostituição e pornografia

· Adolescência: abusos sexuais, incestos, violência sexual, prostituição, pornografia, tráfico de mulheres, homicídio por parte dos familiares, torturas e mutilações, raptos, suicídios e trabalhos forçados

· Idade madura: Suicídio forçado ou homicídio das viúvas por causas econômicas; abusos sexuais, físicos e psicológicos


Fonte: Violência contra a Mulher - Inocenti digest/ Unicef

Texto enviado por Igaci Borges Villas Boas
Grata MINHA AMIGA por tão elucidativo texto sobre a realidade da mulher no mundo!

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