O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 21, 2007

A PALAVRA ESSENCIAL....


Confesso que quis vir aqui e deixar algo de substancial...de épico...ou de eterno. Qualquer coisa tão bela e tão verdadeira que não houvesse mais nenhuma palavra a acrescentar depois, nunca mais...
Tenho muitas vezes este sentimento, foi ele que pautou a minha poesia de amor e morte...mas hoje queria palavras de eternidade e do AGORA...

Procurei, procurei nos arquivos e nos livros que mais gosto...
e nem no Louco de Shakti encontrei a palavra chave...

As palavras estão tão gastas, os sentidos que lhes dão tão estéreis, banais e vulgares os dizeres...

Hoje comprei um jornal ao acaso e fiquei enjoada com o lixo tóxico das palavras prostituidas, das imagens e dos jogos viciados, da mentira e da falsa vida...

e ocorreu-me uma frase do poema de Rilke que dizia:

"Nenhures amada haverá mundo senão dentro de nós"...

Como cantar o amado?

Quem ama
Fica cheio de não-saber
Não pára de procurar...

Ana Hatherly - Rilkeana


e acabo talvez como comecei...

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