O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, setembro 20, 2008

No Castelo de Puivert

Toda a alegria do mundo é nossa Senhora, se nós nos amamos.

De amor é todo o meu pensamento
E nada mais me importa que o amor ...
Porque do Amor procede o que quer que se diga,
Tanto o que de mais valor tem na loucura como na sabedoria
E tudo o que que se faz por amor é bem...

anne bonnon

Tapeçaria do sec. XII evocando Avalon...
Foto tirada (por mim) na Igreja do Castelo onde se reunia a Corte do Amor

Leonor de Aquitaine passou por lá em 1170 com os seus 13 trovadores...

"O XII século é, com efeito, a época do "Fino Amor" no qual a dama cristalisa os traços e virtudes da mulher ideal. Ela é adorada, ou seja, deidificada, como o ideal feminino da Virgem Santa. Ela é a promesa de amor perfeito, e a mediadora que deve levar o homem, o trovador ou o cavaleiro, a um plano ideal de aperfeiçoamento moral, e, no plano prático ela deve intervir a seu favor junto do senhor seu marido. O trovador está com efeito sempre ligado à donna por um laço de vassalagem.
O Fino Amor é uma arte de viver, uma ética, em que se mistura a ascese, domínio de si, o desfrutar do espírito, busca eterna, espiritualidade, sensualidade à flor das palavras, erotisto subjacente, desejo de completude carnal ao qual no entanto é necessário resistir."
(...)
(excerto de texto de A. Rouaud e C. Denis)

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