O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, maio 12, 2008

para reflectir...


De uma « Leitora, Mulheres e Deusas »

(...)
Um facto muito curioso que considero é este, porque tem de existir um Movimento Feminista e Anti-Feminista. Porque não existe o movimento machista e anti-machista na comunidade chamada exclusivamente de Homem? Sabe-se que existem muitos movimentos na classe patriarcal, mas nenhum cujo título seja de Movimento “Masculinista” ou Anti – “Masculinista”, isto só para não repetir a palavra machista. Não se lê em lado nenhum por exemplo, que o Movimento Feminista travou uma batalha ou esteve em negociações esta tarde/manhã com o Movimento “Masculinista”. Este aspecto negro e sempre objectado do papel da mulher pela Sociedade Homem é intragável. Porque ousam, Eles, sempre a sentirem que as mulheres são os seus maiores rivais? Por acaso esquecem que o primeiro sopro, a primeira viagem, a primeira sensação, o primeiro alimento, o primeiro acolhimento se deu no Ser de uma Mulher e que logo está indissoluvelmente ligado à vida?
Será isto que eles não admitem, esta superioridade
da Origem da Vida e daí todo o colapso em que a Terra Mãe está mergulhada?
Porque se sentem eles, inferiores quando uma Mulher quer fazer valer certos
direitos?

O facto de uma Mulher “conversar” acerca dos seus direitos, não implica que esteja a competir ou querer tornar-se igual ou superior. Porque esta noção de superioridade é uma questão essencialmente patriarcalista. Será porque o Céu (masculino), que está acima da Terra (feminino) é superior ao que está em baixo, que é inferior? Será que partem desta permissiva para valerem a sua verdade? Penso que enquanto a Mulher não for inserida no seu próprio ambiente, que é a Terra, esta problemática entre homens e mulheres não terá fim. Vale apena pensar nesta analogia Terra/Mulher, que é de facto o lugar onde os homens vieram fazer a guerra. A guerra é toda consumada aqui, porque no reino do céu, não vejo nenhuma guerra. Aliás não vejo nenhum homem lá, eles migraram todos para o plano terra/feminino. Só de vez enquanto vejo, Zeus, o Senhor dos céus completamente furioso lançando seus raios, concerteza que esses raios não são dirigidos às acções das mulheres, muito pelo contrário.
Os homens querem dominar, infelizmente dominam pelo contrário, porque a questão do domínio quando vira ceguez, não pode construir vida.
Maio 11, 2008

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