O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, maio 23, 2008

A mulher e o poder...


"O feminino e o poder.

Ditas feiticeiras, partilhando um saber de poções e mesinhas na Antiguidade, são torturadas e queimadas na fogueira como bruxas a partir do séc. XV. Armelle Le Bras-Chopard, especialista em ciência política, com uma importante obra editada sobre o tema do poder e da sexualidade, distinguida aliás em 2000 com o Prémio Médicis Ensaio, edita um apaixonante trabalho sobre a caça às bruxas que durará até ao século XVII. Afinal, 80 % dos condenados à fogueira por conluios com o diabo e feitiçaria eram mulheres...

Porquê as mulheres? Uma pergunta a que a investigadora tenta responder estabelecendo surpreendentes paralelos com a forma como ainda hoje, em pleno séc. XXI, as mulheres são afastados do poder e da arena política. " (...)

"Atenta à íntima ligação entre a sexualidade e o poder, e como se pretendia afastar a mulher da esfera política e do poder de decisão, retirar-lhe autonomia e fazê-la sujeitar-se às leis escritas pelo homem, a autora proporciona-nos um documento único sobre a história da mulher e da sua ligação ao poder. Indo aliás mais longe, considera que esse afastamento da mulher do espaço político de decisão não se teria milagrosamente sublimado a partir dos finais do século XVII. Detecta e aponta - de forma bem objectiva e rigorosa - como ainda hoje a mulher é definida face ao poder. Por isso «As Putas do Diabo» se revela um documento de apaixonante e actual leitura." *

Onde quer que as igrejas tenham se instalado e aí exercido sua força - na América do Sul, nos Estados Unidos, na Europa e muitos outros lugares - onde quer que elas tenham fortemente dominado, mesmo que agora sua influência não seja mais tão forte, observa-se que existe um desequilíbrio em certas atividades humanas como, por exemplo, nos negócios, gerando um contexto no qual alguns poucos têm de sobra e muitos nada têm. E este é um dos resultados diretos da ação da Igreja.
Vocês verão que onde a Igreja marcou sua presença, existe muita energia sexual distorcida, na forma de estupro, incesto e perversão, ao invés do sexo bom, saudável e natural, pois a Igreja em si é profundamente infectada por este vírus da sexual energia. Onde a Igreja foi forte e influente, vocês perceberão que a energia da força vital e a paixão pela vida foram por ela sugadas de dentro das pessoas, as quais passaram a viver naquela mentalidade de "apenas o suficiente para sobreviver", porque, afinal, a Igreja passou a ser uma representação da fé e da confiança das pessoas...*
*Workshop Especial de Tobias em São Paulo, Brasil SHOUD do Dia 12 de Abril de 2008, de Adamus Saint-Germain, canalizado por Geoffrey Hoppe

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