NO mundo do poder patriarcal dizem que o homem é deus. Iludem-no. Se considerarmos os homens como metade dos habitantes do planeta, a terra seria uma selva de idolatria, divindades, templos e altares. Por incrível que pareça, há homens que caem nessa armadilha com a voracidade dos macacos, consumindo a vida na materialização desta filosofia de loucura. Dizem que o homem é bravo. Brutalizam-no e fazem dela uma besta para a realização dos desejos sociais, inspirando-o a destruir tudo para abrir percursos desconhecidos. Fazem dele um cavaleiro soberbo, errante, solitário, a busca do impossível com as mãos nuas, suor e sangue.
A bravura humana inspira-se na filosofia do ódio.
(…)
(…)
O planeta Terra encontra-se envolvido num conflito sem fim. A vida colocou o homem e a mulher como eternos rivais, digladiando-se na arena da vida. Estamos na era atómica, o mundo está quase a desabar. Outro aviso ao criador: se tiver que reconstruir o Éden que todos os seres sejam completos, incluindo a humanidade. Que sejam hermafroditas. Masculino e feminino no mesmo ser, para se atingir a perfeição suprema e com ela a paz por todos nós desejada, sem disputas, nem desilusões, nem desgostos de amor.”
In O SÉTIMO JURAMENTO
PAULINA CHIZIANE (escritora moçambicana)
Da Ed. CAMINHO – uma terra sem amos
2 comentários:
esse trecho escrito pela moçambicana deixa aflorar seu complexo fridiano(na exeção do termo).Afinal já é sabido por todos, já foi experimentado por todos que,a paz só é prazerosa depois da guerra.
Que imbecilidade de comentário...implícito de racismo e machismo bélico...isso que diz...é sabido pelo macho mas a fêmea não sente assim...mas é inútil falar com gente sem rosto nem nome...
rlp
Enviar um comentário