O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 03, 2008

A FALTA DE SACRALIDADE do sexo

"Os abusos sexuais constituem
a pior forma de abuso espiritual.


Mais do que qualquer outra forma de sevícias, o abuso sexual solidifica o sentimento de separação com o Todo. Por outro lado a natureza espiritual tanto do agressor como da pessoa agredida encontra-se quebrada. De uma maneira metafórica digamos que o abuso sexual faz explodir a alma em mil pedaços.

Porque é que os indivíduos cometem um acto tão malévolo? Este gesto visa impor o seu poder sobre outra alma. É também o símbolo de dominação da mulher pelo homem. Os autores de sevícias sexuais são habitualmente homens, pela sua predisposição bioquímica natural e da sua fisiologia.
(…)
O abuso sexual é a perversão do desejo de se unir. Os autores de tais sevícias estão de tal forma desconectados da sua verdadeira natureza espiritual que eles não sabem como realizar a união tão desejada.

(…)
Direi ainda que aquilo que leva as pessoas a cometer esses terríveis abusos, é o desejo inato de se unir e a incapacidade emocional e espiritual dessa união. "
Amma


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NOTA:

É tempo de deixar de parte o conceito de sagrado associado às religiões e sim olhar o Sagrado da Vida em si mesma, da Natureza, dos elementos e do Cosmos e olhar a pessoa humana como um todo!
Basta de preconceitos religiosos dogmáticos e fanáticos que dissociam a natureza sagrada de tudo o que é vivo para eleger um deus morto e cruzificado pela estupidez dos homens...
Basta de culto e medo da morte...

Saudemos a vida e tudo o que respira como manifestação da Deusa e da Terra. Saudemos Gaia no seu processo de renovação em cada estação e os seus ciclos de vida e mortes sucessivas...rlp

5 comentários:

Marian - Lisboa - Portugal disse...

Nao podia concordar mais com o texto...
inclusive na minha passagem p/ Brahma Kumaris falava-se bastante da subtil ligação entre sexo e violencia, mesmo vivenciada a nivel pessoal de forma muito subtil... tanto, que nunca era vista como violencia.
Já li muita coisa interessante s/ o tema que me pareceu bem urgente trazer a consciencia... Se encontrar esses textos, envio. A Rosa deveria gostar, certamente.
Bom fim de semana

Luíza Frazão disse...

Concordo em absoluto com o que diz, Rosa Leonor. "A Natureza é um templo", diziam os poetas simbolistas... Tudo no cosmos é sagrado, sexualidade incluída (até porque está nela a origem da própria VIDA!) e não apenas o espaço dos templos edificados pelas várias religiões. Felizmente, cada vez mais tomamos consciência da unidade de tudo e da nossa necessidade de incluir e não de dividir e de compartimentar: isto é "sagrado" e aquilo é "profano" e portanto desvaloriza-se. SAGRADA é toda a VIDA.

MOLOI LORASAI disse...

É tudo muito bonito, a natureza é um templo, mas quando o leão chega para caçar, os outros animais fogem.
Cuidado para não pisarem numa cobra cascavel!
Os gnósticos não consideram o mundo sagrado... o sagrado para eles, felizmente ou infelizmente, está noutro lugar.

MOLOI LORASAI disse...

A questão é que não existe SÍNTESE UNITÁRIA a ser realizada neste mundo fragmentado.

rosaleonor disse...

Talvez seja como diz Moloi, mas o sentimento de sagrado ou de respeito por nós e também pela natureza intrínseca da Natureza e dos animais, no mínimo, a humanidade pode na Terra atingir esse estadio...Não acha que estamos desviados do propósito e que a dualidade humana pode ser integrada emcada ser o feminino e o masculino os princípios e os polos? Não será um pouco esse o sentido de tudo? Que sentido faria virmos aqui só para sofrer e viver abaixo de cão...uuma vez que não somos quadrúpulos talvez nos reste a esperança de atingir algum plano de consciência superior aqui em baixo...mesmo que tudo se passe ao lado. vou continuar depois...