O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 13, 2008

AVÉ MARIA

300 mil peregrinos em Fátima.
A grande maioria mulheres.

Vem gente de todo o lado, gente simples e pobre e quase analfabeta. Gente que sofre, e também rica...Gente de todo o país e do mundo inteiro vêm a Fátima rezar...

Vêm pedir à Virgem Mãe de Deus, milagres, curas e prodígios como em todos os tempos em todas as eras...para que haja Paz na Terra, ou para que não haja intempéries nem tremores de terra...para que não haja fome nem miséria, para que os homens se amem e não se matem...para que não abusem das mulheres e crianças...para que não haja crimes nem roubos...ou para ganhar o euromilhões ou para salvar um doente da morte certa.
Para tudo eles vêm rezar ajoelham-se e choram e até confessam "pecados" que não têm em 44 confessionários, em todas as línguas...
Não, não houve nem há evolução, nem revolução, nem ideologias, não há técnica nem ciência, nem suposto progresso que impeça o Inconsciente Colectivo da Humanidade de manifestar a Ausência da Mãe, nem o o grito do retorno da DEUSA de todos os tempos...Esse choro ou esse grito silencioso é evidente nos olhos das multidões que rezam, como o fizeram desde há milénios!

Hoje como ontem, em Fátima é a Grande Deusa dos primórdios, a Deusa Mãe da Humanidade, a força do seu Arquétipo, a sua energia a inromper das profundezas da Terra com os seus vulcões, os seus ventos e ondas gigantes, no tremor das suas entranhas, com que sacude esta humanidade adormecida, que faz com que gente anónima caminhe de joelhos e chaguem os pés a caminho de um dos maiores altares da Deusa Mãe... a mesma Deusa que através das eras foi adorada por toda a humanidade em todos os lugares do Globo, desde todas as idades em todas as religiões do Planeta, no Oriente ou no Ocidente...
Talvez antes se cantasse e risse onde hoje se choram lágrimas de sangue...

A Grande Mãe que falta à Humanidade, representada na Mulher escravisada, que serve o pai, e é serva do marido, que devia ser o suporte dos filhos e ampará-los na desdita é quem é a Deusa roubada pelos católicos que se servem da sua imagem em benefício próprio.
O que esta Virgem representa para as multidões
que lhe rezam sem saber lá no fundo porque o fazem, é a mesma Deusa que já foi adorada durante milhares de anos como Ìsis no Egipto e na Grécia como Deméter, ou na Babilónia como Inana, como Gaia em todo o lado... e ainda Hathor, Kuan-yin, Oxum, Brígida, Afrodite e tantas mais...


É esta Virgem Mãe, que representa a nossa mãe a nossa irmã a nossa filha, a mãe de todos os homens que é prisioneira dos maridos e dos pais, dos padres e bispos e papas e que os patriarcas mantêm em caves e violam ou matam pela honra do seu deus, seus conflitos e guerras.

É esta mesma a Deusa de quem eles abusam da Imagem Imaculada, adulterada pelos seus dogmas, pelas suas mentiras, para manipular os crentes através das suas desgraças e misérias e lhes sacarem milhões de Euros para construirem os seus templos de cimento e pedra para alimentar a sua ostentação e inércia, quando a Deusa e o seu altar e o seu culto pertencem às mulheres suas sacerdotisas à Terra e à Natureza. A Natureza que eles destróem, às mulheres que eles maltratam e desprezam...e matam sem dó nem piedade! rlp

2 comentários:

Luíza Frazão disse...

Força! Apoiado! Vou pôr um link no meu blogue. Obrigada.

Abraço fraterno

Luíza

rosaleonor disse...

Luiza;
Obrigada pelo apoio e força...equilibramo-nos nas nossas diferenças, entre a luz e a sombra...entre o positivo e o negativo...entre o sol e a lua...

Espero se lhe possível vê-la amanhã no Encontro...

Abraço

rl