O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 03, 2009

O medo de morrer basea-se no medo de viver....



DOMESTICAÇÃO E
O SONHO DO PLANETA


"Não enxergamos a verdade porque somos cegos. O que nos cega são as crenças falsas que temos em nossas mentes. Temos a necessidade de estar certos e de tornar os outros errados. Confiamos no que acreditamos, e nossas crenças nos predispõem ao sofrimento. É como se vivêssemos no meio de um nevoeiro que não permite enxergar um palmo além do nariz.

Vivemos num nevoeiro que nem ao menos é real.
Esse nevoeiro é um sonho seu sonho pessoal da vida - aquilo em que você acredita todos os conceitos que possui sobre quem você é, todos os compromissos que assumiu com os outros com você mesmo e até com Deus.
Toda a sua mente é um nevoeiro que os toltecas chamam de mitote. Sua mente é um sonho em que mil pessoas conversam ao mesmo tempo e ninguém entende o outro. Essa é a condição da mente humana - um grande e mitote com esse grande mitote você não consegue enxergar o que realmente é. Na Índia,eles chamam o mitote de Maya o que significa “ilusão”. É a noção pessoal do “eu sou”. Tudo em que você acredita sobre si mesmo, sobre o mundo, todos os conceitos e programas que você tem na mente, todos formam o mitote. Não conseguimos ver quem realmente somos; não conseguimos perceber que não somos livres.
Por isso , os seres humanos resistem à vida. Estar vivo é o maior medo que os homens possuem.
A morte não é o medo que temos; nosso maior medo é assumir o risco de estar vivo - o risco de estar vivo e expressar o que somos na realidade.

Simplesmente sermos nós mesmos é o maior medo dos seres humanos. Aprendemos a viver nossa vida tentando satisfazer as exigências de outras pessoas. Aprendemos a viver pelos pontos de vista de outra pessoa, por causa do medo de não sermos aceitos e de não sermos bons o suficiente para outras pessoas.
Durante o processo da domesticação, formamos uma imagem do que é a perfeição para tentarmos ser bons o suficiente. Criamos uma imagem de como devemos ser para sermos aceitos por todos. Especialmente tentamos agradar aos que nos amam, como mamãe e papai, irmãos e irmãs maiores, os sacerdotes e os professores. Tentando ser bons para eles, criamos uma imagem de perfeição,mas não nos encaixamos nessa imagem.
Criamos essa imagem, mas essa imagem não é real. Nunca iremos ser perfeitos sob esse ponto de vista. Nunca! "
(...)
Desonramos a nós mesmos só para agradar a outras pessoas. Chegamos a fazer mal ao nosso corpo físico apenas para ser aceitos pelos outros. Você vê adolescentes tomando drogas apenas para evitar serem rejeitados por outros adolescentes. Eles não sabem que o problema é não aceitar a si mesmos. Rejeitam a si mesmos porque não são O que fingem ser. Desejam ser de uma certa forma, mas não são, e por isso carregam a vergonha e a culpa. Os seres humanos punem a si mesmos interminavelmente por não serem quem acreditam quem acreditam que devem ser.Tornam-se autodestrutivos,e usam também outras pessoas para fazerem mal a si mesmos.
Mas ninguém nos pode fazer mal com tanta eficiência quanto nós mesmos, e o Juiz, a Vitima e o sonho social são responsáveis por isso. É verdade, encontramos pessoas que dizem que o marido ou a esposa, mãe ou pai as fazem sofrer, mas você sabe que nos prejudicamos muito mais do que isso. A forma como julgamos a nós mesmos é o pior juiz que jamais existiu. Se cometermos um erro na frente de outras pessoas, tentamos negar o erro e encobrir tudo. Assim que ficamos sozinhos, entretanto, o Juiz se torna forte, e a sensação de culpa assume proporções enormes; sentimos-nos estúpidos, ou maus, ou indignos.
Durante toda a sua vida ninguém fez você sofrer mais do que você mesmo.E o limite desse auto-sofrimento é exatamente o limite que você ira tolerar nos outros.Se alguém faz você sofrer um pouco mais do que você mesmo,provavelmente você se afastará dessa pessoa.Se alguém faz você sofrer menos do que você costuma fazer,você com certeza ira permanecer no relacionamento e tolera-lo infindavelmente.

Se você se impõe sofrimentos grandes demais, pode até tolerar alguém que bate em você, humilha-o e o trata como sujeira. Por quê? Porque em seu sistema de crenças você diz: "Eu mereço. Essa pessoa está me fazendo um favor por estar comigo. Não sou digno de amor e respeito. Não sou bom o suficiente".
(...)
Don Miguel Ruiz foi criado no México...
Os quatro compromissos

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