O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 31, 2009

UMA PISTA DO CAMINHO...


"O sentimento erótico é a poderosa ”semente” do misticismo.

É a emoção original do amor, um sentimento que estimula as paixões, ”incendeia” os sentimentos e desperta a energia Kundalini no centro sexual. O sentimento erótico e evocado através do agradável contato dos sentidos com o mundo exterior.

O erotismo, quando refinado e cuidadosamente canalizado, leva a experiência da transcendência e do êxtase. Na tradição tântrica ou ”secreta”, o sentimento erótico correlaciona-se com o paladar da doçura. Vishnu, o Preservador, também conhecido como ”Senhor das Águas”, é considerado como aquele que governa o sentimento erótico; isto e corroborado pela antiga referencia do elemento água ao sentido do paladar e pela necessidade da saliva para distinguir sabores. Os textos hindus relatam as muitas façanhas eróticas de Vishnu que, encarnado como o jovem Krishna, é o protótipo do amante. Mais adiante falaremos sobre suas aventuras amorosas e seu jogo sutil.

O erotismo desperta as chamas do amor em todas as suas variedades. Os antigos textos indianos como o Kama Sutra e o Ananga Ranga referem-se a quatro diferentes tipos de amor: amor habitual, imaginário, natural e sensual. E claro que tal classificação é uma simplificação, já que a maior parte dos amores e uma mistura dos diferentes tipos.

Entretanto, a importância desta classificação tradicional de Eros deve-se ao fato de ser ela baseada nos ensinamentos místicos mais profundos da tradição tântrica. Vamos encontrar esta divisão quádrupla repetidas vezes à medida que nos aprofundamos nos segredos do Oriente, mais notadamente na transformação da energia sexual e nos estágios do êxtase.

O sentimento erótico esta ligado ao elemento fogo e ao sentido da visão. Shiva, o ideal iogue de transcendência, está sempre associado ao fogo e ao erotismo místico. Para compreendermos o que isto significa, temos que nos lembrar da relação entre o ”fogo interior” no centro umbilical do Corpo Sutil (plexo solar) e o ”Terceiro Olho”, no centro da cabeça. Este olho oculto e colocado em ação através da destilação e transformação do ”fogo” interno do estômago, fígado, baço, coração, e assim por diante; consegue-se tal efeito através dos diferentes tipos de Ioga.
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cONTINUE A LER EM: http://www.pistasdocaminho.blogspot.com/

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