O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 13, 2010

MANIFESTAÇÃO - CELEBRAÇÃO


No próximo dia 13 de Janeiro, celebra-se os 35 anos da primeira manifestação feminista, em Portugal, convocada pelo MLM (Movimento de Libertação das Mulheres) e a UMAR não podia deixar de recordar aquele momento histórico.

Manifesto feminista

A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta - pretende, com o presente Manifesto, confrontar os partidos políticos que concorrem às eleições de 2009 com um conjunto de questões que integram a agenda política feminista para os próximos tempos. Terminada a luta pela despenalização do aborto que absorveu, durante três décadas, grande parte das energias dos feminismos em Portugal, novos espaços de reflexão e de intervenção se abrem onde coexistem novas e “velhas” causas: tráfico de mulheres; violência de género e conjugal; condições sociais para a paridade; discriminações na área do trabalho; desigualdades salariais entre mulheres e homens; maternidade/paternidade; usos e gestão do tempo; direitos ambientais; sexismo na linguagem e nas atitudes; educação; saúde; direitos LGBT; mutilação genital feminina; direitos das mulheres imigrantes; participação política, social e económica; situação das mulheres que prestam serviços sexuais; as questões do cuidado com idosos/as e crianças; a valorização dos estudos feministas e de género.

Manifesto [formato pdf] »»

FEMINISTIZA_TE

Na tentativa de incrementar uma mudança nas sociedades contemporâneas, reivindicamos um processo de feministização dos domínios político, económico e sociocultural. Exigimos a erradicação das práticas discriminatórias que transformam as mulheres em indivíduos de segunda. Levantamos a voz pela consecução da Igualdade de Género.

A militância feminista trouxe conquistas indubitáveis para a arena dos direitos das mulheres ocidentais, reflectidas designadamente no direito ao voto, à propriedade e ao divórcio, no acesso ao ensino e ao mercado de trabalho, na autonomia sobre o seu corpo. Contudo, a igualdade entre homens e mulheres não existe em nenhuma parte do planeta, prevalecendo repudiáveis violações dos direitos fundamentais.

Em todo o mundo, um bilião de mulheres, ou uma em cada três, foram violadas, espancadas ou sofreram algum tipo de violência. Uma em cada cinco mulheres será vítima ou sofrerá, pelo menos, uma tentativa de violação durante a sua vida. Os crimes de honra vitimam cinco mil mulheres anualmente, tendo particular incidência na Índia, Brasil, Marrocos, Paquistão, Turquia, Irão e Reino Unido. Em todo o mundo, faltam cerca de 60 milhões de mulheres devido ao feticídio e infanticídio. As mulheres jovens constituem 60% das vítimas de violência sexual em todo o planeta. Em contextos de conflito bélico, a violência sexual contra mulheres é usada como forma de intimidação, humilhação e vingança. Na Serra Leoa, por exemplo, entre 50 e 64 mil mulheres foram violadas por grupos armados. Todos os anos, quatro milhões de mulheres, homens e crianças são vítimas de tráfico, encontrando como destinos a prostituição, trabalho escravo, pornografia e mendicidade. Estima-se que dois milhões de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos sejam, anualmente, vítimas da Mutilação Genital Feminina. As mulheres representam 70% dos pobres em todo o mundo, realizam 2/3 do trabalho e auferem apenas 10% dos rendimentos mundiais. Embora as mulheres constituam a maioria do eleitorado, 84% dos parlamentares são homens.

(…)

in: http://www.my-cause.com/cause/feministizate

2 comentários:

Nana Odara disse...

o quão fundamental é o trabalho de Z Budapest, q reune a força motivadora política da mulher com a sua dimensão sagrada ancestral...

é preciso unir a luta feminista com o despertar da deusa interior, amalgama de uma mistura do sentir e do fazer, muito para além do pensar...

endoidecer os sentidos prozaicos do ser, perder a razão, a mente e a cabeça falocrática...

chamar a Baubo q mostra a sua essencia, q a mostra pra outra, q ja não é capaz de ver a propria força-essência por si só, e sair desse redemoinho das certezas inventadas a ruirem por cima d enossas cabeças...

o tempo urge...

rosaleonor disse...

Pois urge...e nós sabemos!

rl