A MULHER PARA LÁ DA IMAGEM E DA IDADE...
O Feminino em Feminismo/ Integral/
"Eu sou o amor, eu sou amável, eu sou amada, e eu amo." Se há uma invocação do Feminino Integral, esta adaptação de um refrão com que yoguini Sofia Diaz frequentemente fecha as suas aulas é esta. Através destas palavras, as quatro faces do Feminino Integral são convocados para a consciência imediata do médico integral: "Eu sou o amor" e "Eu sou amável" reconhecer quem eu sou: em ambas as afirmações há o sentido do absoluto e um sentido do relativo. Quem sou eu não é outra pessoa senão eu mesma, em relação ao amor absoluto. E quem sou eu, no sentido relativo, é uma mulher que é profundamente digna de amor desde o início meso em toda a sua confusão, toda a sua ilusão, assim como em toda a sua magnificência, e todo o seu esplendor.
"Eu sou amada", reconhece que estou conectada através da compreensão mútua e como a compaixão flui para e através de mim e da nossa experiência cultural, "Eu te amo", reconhece que me importa com o mundo, através de uma liderança dedicada e hábil ao serviço do outro. Eu me importo, e em constante expansão, dou um abraço misericordioso a ambos os lados da minha encarnação, ao meu próprio ser e à paisagem social e política de que eu sou uma parte. O Feminino/Integral, o feminino-em-acção é um exemplo de feminismo integral.
"Eu sou o amor, eu sou amável, eu sou amada, e eu amo."
Nós somos o Amor. Não apenas quando nos sentimos felizes, não apenas quando estamos temporariamente agradecidas pela nossa saúde, não só quando nos encontramos numa relação boa ou, finalmente, nos encontramos a sair de uma má. Esse amor é o fundamento do nosso ser, mesmo quando nos sentimos como uma tempestade furiosa que nunca mais vai acabar ou como uma fortaleza impenetrável de nevoeiro, onde o sol não brilha (…). Mesmo assim, estamos nesse amor. Mas há muitas camadas de confusão e engano que nos podem impedir de o ver e saber directamente? Como formadores de Instituto Integral, nós projectamos uma Mulher Integral em seminários de Vida Prática. Praticando juntas esses métodos em círculos de mulheres, e aí há uma aceleração no corte das nossas ilusões. Na companhia das mulheres, podemos ser totalmente honestas umas com as outras. Com menos empenho em provar coisas exteriores e menos tímidas em nos mostrar como somos, nem ficamos muito orgulhosas de nossa própria ignorância nem do nosso brilho. Não há mais espaço para isso. E dentro desse reconhecimento, descobrimos que o nosso espaço está aberto.
Quando estamos na companhia da mulher, há a questão de saber se estamos ou não dispostas a preencher esse espaço com a nossa plenitude, com a nossa liberdade, com os nossos eus mais radiantes. Mas nós não desperdiçamos o nosso tempo perguntando se a meditação é realmente apenas uma prática masculina e para os homens; a nossa verdade mais profunda é que a meditação é uma expressão de quem somos, como seres humanos. Aí e stamos em liberdade. Sabemos que abraçar a nossa forma feminina em toda a sua sensualidade e criatividade é fundamental para a prática das mulheres. Queremos estar em plenitude. A meditação é uma expressão de quem somos, tal como são as artes sagradas do feminino, do yoga, da dança e da música. Estas práticas estão interligadas. Através do poder da identificação, valorização e afirmação pessoal que vem da prática entre as mulheres, estamos cada vez mais capazes de as integrar em nós, mais profundamente e livremente e transcender a nossa feminilidade e outras características de nossa encarnação.
Para incorporar esse espectro de amor requer-se prática. Como praticantes do integralismo nós exercitamos a mente, o corpo e o espírito no nosso self, cultura e natureza. Em nossos módulos de espírito e de sombra, podemos reconhecer a face feminina do Divino e do rosto feminino da contracção / separação de si mesmo. Em nosso movimento de yoga, e nos seus módulos está incluída a sexualidade no corpo tal como a respiração, que incluem e transcendem os nossos três corpos (físico, subtil e causal). Nos nossos módulos de espírito-como-acção, envolvendo a ética e as questões sociais, nós incluímos o transcender pela comunhão. Reconhecemos que a Integral Feminina-em-acção é inseparável do feminino integral.
(…)
Através da disciplina e da celebração da Mulher Integral na Vida Prática, que vemos em nosso meio acontecer, ficamos maravilhadas com a beleza diáfana, com o radiante brilho mesmo que de forma efémera que todas demonstram.
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