(...) "A mulher divina no gnosticismo é essencialmente, Sofia, entidade de múltiplos aspectos e nomes. Identificada por vezes ao próprio Espírito Santo, é também, segundo os seus diversos atributos, a Mãe universal, a Mãe do Vivos ou Mãe resplandecente, o Poder do Alto, "A da Mão Esquerda" (em oposição ao Cristo, considerado seu esposo e "O da Mão Direita"), a Luxuriosa, a Matriz, a Virgem, a Esposa do Macho, a Reveladora dos Mistérios, a Santa Pomba do Espírito, a Mãe Celeste, a Extraviada, Helena (isto é Selenia, a Lua); foi concebida como a Psique do mundo e o aspecto feminino do Logos. Na "Grande Revelação" de Simão o gnóstico, o tema da díade e do andrógino é dado em termos que merecem ser referidos aqui:
" Este é o que foi, que é o que será, o poder macho-fêmea assim como o poder preexistente ilimitado que não tem começo nem fim, porque existe na Unidade. Foi através deste poder ilimitado que o pensamento, escondido na Unidade, agiu primeiro, tornando-se dois... Sucedeu assim que aquilo que através dele se manifestou, embora um, é de facto dois, macho e fêmea, contendo a fêmea em si próprio".
In " A Metafísica do Sexo" de Julius Evola
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