O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

A 13 QUE VEM...


A PROCURA DO GRAAL

“A Procura do Graal, é a uma luta sangrenta entre os membros de uma comunidade para se apropriarem da Soberania, sendo essa soberania a Mulher, a Rainha ou a Deusa, imagem simbólica da Mãe toda-poderosa de quem nós somos todos filhos/as”. É a mudança dessa soberania, que não estando mais no poder da mulher, mas dos homens que se torna agressiva e o cimento de estruturas da nova sociedade masculina.
(…)
Para reencontrar na plenitude a Deusa do começo do mundo, é necessário destruir os monstros caóticos e tenebrosos que se interpuseram entre o herói e a Dama da Luz.

Assim pode aparecer a misteriosa Dana, da qual os irlandeses tornaram a Mãe dos Deuses, que os Bretões reconheceram, mesmo que inconscientemente, sobre os traços de Santa Anna, aquela que pode tomar os nomes de todos os rostos, A Mulher Sol. “A 13ª que vem, é ainda a primeira” disse Nerval. Com efeito ela é sempre a Única. Ela transporta nas suas mãos o Graal de onde emana uma luz que surge de lado nenhum. Basta sabê-lo.”


Jean Markale
in La femme celte

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