O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 16, 2011

A ..."mãe foi silenciada antes de eu Ter nascido"

“A mulher que eu precisava chamar de mãe foi silenciada antes de eu Ter nascido”

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* Infelizmente, muitíssimas mulheres modernas (na verdade quase todas) não receberam desde o início os cuidados de mãe. Pelo contrário foram criadas em lares difíceis, de autoridade absoluta e colectiva (“cortadas do contacto com a terra pelos tornozelos”, como observou uma mulher), cheios dos “é preciso” e dos “deve-se” do super-ego. Ou, então, acabaram por se identificar com o pai e a cultura patriarcal, alienando-se da sua própria base feminina e da mãe pessoal, que frequentemente é por elas considerad fraca e irrelevante. Essas mulheres têm necessidade premente de se defrontarem com a deusa em sua realidade fundamental.
Uma conexão interior dessa natureza é uma iniciação essencial para a maior parte das mulheres modernas do Ocidente; sem ela não podemos ser completas. Esse processo requer, a um só tempo, um sacrifício de nossa identidade enquanto filhas espirituais do patriarcado, e uma descida para dentro do espírito da deusa, porque uma extensão enorme da força e da paixão do feminino está adormecido no mundo subterrâneo, no exílio há mais de 5.000 anos.

In CAMINHO PARA A INICIAÇÃO FEMININA De Sylvia B. Perera »»»

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