O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 04, 2011

Eles tratam a Terra como a sociedade trata a mulher


"Quando a relação homem-mulher se desequilibra, então a relação humana com a natureza também se desequilibra de maneira perigosa. Eles tratam a Terra como a sociedade trata a mulher. Na minha opinião, a crise ambiental do Ocidente baseia-se em modelos de relacionamento"...
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Como vemos E FACILMENTE PODEMOS DEDUZIR...que o caos em que vivemos é o resultado das relações homem - mulher...Que mundo poderiamos nós esperar quando vivemos séculos de desiquilíbrio...em que a relação entre os sexos foi de domínio e poder absoluto e  exclusivo da parte masculina sobre a feminina  através da anulação e sujeição da mulher e da Mãe, assim como vimos as gureras e toda a violência sobre a Natureza e a Terra.
Vivemos há séculos este Sistema de domínio abusivo de uns seres sobre os outros e só agora chegamos ao momento de nos apercebermos como é enorme e  extrema a loucura dos homens de poder  e como a sua insanidade matou milhares de seres humanos em guerras e por ganância destruiuram a Terra; só agora vemos como  a injustiça e a exploração dos seres humanos por outros foi uma calamidade absoluta...
Durante séculos consideramos normal todos esses acontecimentos e só se tornou óbvio e claro agora para nós essa loucura com a queda de todas as idelologias e dos seus hipócritas representantes, tanto como as suas religiões cujos dignatários, que diziam defender as pessoas,  só se preocuparam  em ganhar dinheiro, em acumular riqueza à custa da miséria, da ignorância e da vida de milhares e milhares de pessoas ao longo dos séculos...

Mas no meio deste caos, guerras, violência e abuso, há um SER que foi sempre o mais castigado, violentado, explorado e sujeito: A MULHER...Em todos os sistemas, ordens, grupos, países, crenças e ideologias ou religiões, a mulher foi sempre o ser mais perseguido e mais penalizado pela insanidade dos homens...

É TEMPO DISSO MUDAR...


É TEMPO DAS MULHERES RESGATAREM A SUA VERTICALIDADE
A SUA DIGNIDADE, A SUA TOTALIDADE...

Só quando a mulher for respeitada e elevada a sua condição de ser humano é que poderá haver Justiça e Verdade.  Para isso é fundamental que a mulher se relacione  consigo mesma, vendo-se a si com os seus próprios olhos e não mais viver em função do homem;  é preciso  alterar todo o sistema de relacionamento entre os seres humanos pois só assim o mundo poderá mudar. Só quando a mulher resgatar a sua automia e dignidade poderá haver equilíbrio na terra; então sim, o mundo poderá viver em paz e harmonia. 
Porque sem que isso aconteça a curto prazo temo que a Humanidade não se poderá salvar...
Penso sinceramente que a Paz do mundo depende das mulheres...e da sua consciência do feminino sagrado.
rlp

3 comentários:

Maruska disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maruska disse...

por este caminho, a natureza não aguentará! o homem tem um problema de território e ocupação. uma necessidade voraz de ser Alfa, mesmo entre eles. todo o valor de um homem parece estar convergido para aquilo que conquista materialmente. isso está bem claro, bem diante dos nossos olhos. nenhum principio grandioso, antes uma arrogância desmedida. aquele que um dia conquistar e dominar tudo, irá destruir globalmente a terra, encontrará apenas uma ilha e ele o único habitante, e aí a solidão será demoníaca... sobre ele cairão todas as sombras de todos os impérios!! a própria Terra o engolirá, e do próprio sangue vertido se renascerá, mas toda a linhagem será esquecida na terra. a linhagem destes homens - por homens, entenda-se desumanização -...

pareço cruel, mas não tenho a doce doçura de escrever sobre estes assuntos... talvez um dia!

Maruska disse...

Andei a pensar numa questão, embora não pareça que tenha Anjos suficientes para esclarecerem-me as entranhas, a questão do Feminino. O mal - se poderei dizer assim - não é uma questão de corpo feminino, ser mulher - apesar de ser projectado na forma que o representa - é uma questão de falta do Feminino na condição humana. Esse Feminino que nos capacita a um entendimento profundo e que liberta a garganta do próprio sufoco e da danação de destruir e controlar. É isso, a falta do Feminino... é este o problema (o vazio) que leva estas sociedades actuais à entropia. Em nome do Poder, mata-se e isso, simboliza ausência de Feminino.

Um homem ou mulher para vencer nesta corrida louca ao dinheiro e poder, a regra numero um que ele institui é a de enforcar o feminino, considerando-o nefasto para singrar!! Por isso, é que depois, de grandes conquistas, estes homens, ao nível mais grosseiro bebem que se fartam; usam e abusam de prostitutas ou mulheres que lhe são próximas. - Não quer dizer que todo o homem seja assim. A inteligência - nestes homens -, parece-me que não está directamente ligada à consciência do feminino, mas antes àquela parte instintiva e atávica que também é inteligente, mas, no seguimento da conquista ao nível do plano terreno.

-utilize o texto da melhor forma... dando-lhe consistência e coerência, tal como autonomia própria... -

Um abraço