O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, outubro 04, 2011

ENTRE MULHERES, TODAS AS MULHERES

O PODER DA MULHER
Estamos aqui entre mulheres...

Mulheres...próximas de quê?
Mulheres próximas de si...viradas para dentro, suponho, em busca de uma identidade...de uma totalidade...de um encontro com a Deusa...
Mulheres que se interrogam, que se questionam sobre as suas raízes, as suas origens remotas...que buscam as suas ancestrais...o seu poder interno, a sua história.
Mulheres em busca da sua liberdade interior...em busca do seu ser profundo, no fundo da sua psique...que percebem a sua divisão e não querem mais lutar contra si nem serem as eternas rivais das outras mulheres...
Mulheres adultas, maduras, conscientes de uma vida que vale por si...a Sua...que lutam por si mesmas, que lutam por SER e por ter uma vontade própria, não pelos filhos, não pelos amantes, maridos, profissão ou religião, não pelo prazer, sendo apenas corpo de desejo, não pelo país ou pelo mundo...Mas antes de tudo em busca de si mesmas. Em busca do seu coração. O coração que em si bate e não que bate apenas porque o "outro" existe, mas bate porque a SUA vida é em si que se manifesta, cheia de amor e de vontade renovada em cada dia que acorda para uma nova vida.
Creio nas mulheres que se buscam em si, plenas, autodeterminadas, confiantes, mulheres que caminharam por todos os caminhos que fizeram todas as escolhas que deram tudo o que tinham...e nunca lhes deram o valor que por si só uma mulher tem. Mulheres que sabem o que valem intrinsecamente e que não querem mais entregar o seu Poder pessoal a ninguém...pais, vizinhos, guias, médicos, astrólogos, padres...
Mulheres que são o seu centro e querem amar sem se perderem de si...
É nessas mulheres que eu acredito...
Mulheres de corpo Alma e espírito que não se dividem nem se traiem por falsas promessas de sucesso, credos ou prazeres...

Por isso, o Foco principal deste Blog (ou do Grupo) é na Essência Mulher. Trata da questão da Mulher como SER em si e não da Mulher em relação com os outros...
O facto de se pensar a mulher sempre em termos de mãe, esposa ou amante...faz com que muitas mulheres ao se verem tratadas como seres individuais sem ter em conta (senão secundariamente) as suas relações com os outros, ficarem confundidas e desagradadas do facto e até a terem uma reação violenta com o grupo...podem sentir-se injustiçadas e mal compreendidas. Não, não é nada, nisso.

Uma vez que o centro da mulher é sempre ou quase sempre o "outro" - seja o filho o marido ou o amante - em vez dela própria...o facto de aqui tratarmos ou pretendermos tratar só da Mulher Essência, a Mulher em si, cria não só essas reacções como algum antagonismo e rejeição do grupo e por isso saiam.
Gostaria neste caso salientar que o centrarmo-nos na Mulher em si não significa uma recusa da vida sentimental, sexual ou familiar da mulher. De maneira nenhuma. Acreditamos ao contrário disso, que a Mulher plena, consciente de si mesma e do seu potencial, centrada em si, na sua própria força e sabedoria inata...tem mais possibilidades de ser uma melhor mãe amante e filha...o que seja. E nunca o contrário em que a mulher dependente e carente, insegura e manipulada pelos parceiros nunca consegue dizer o que sente ou nem sequer se olha como ser individual que é sempre ao serviço dos outros...

rlp

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