O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 17, 2011

A FEMINILIDADE RADICAL

Em busca da completude...
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"A MULHER NÃO PRECISA DE SE TRANSCENDER COMO O HOMEM PRECISA. COMPLETA-SE NELA PRÓPRIA."
A.B.L.
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O nascimento místico, parto na dor dum outro nome e sexo impreciso, e em que o sangue toma uma importância rítmica, culminando a imitação da paixão, é nada menos do que a união consumada que só a mulher conhece.

A feminilidade radical é uma ferida de amor, amor completo e permanente é atmosfera, onde o homem não se encontra à vontade.
Um pouco decepcionado pelo que há de repetitivo na adoração feminina, que é um desejo angustiado, ele trata de ignorar pela censura e pela psicanálise, o seu pequeno papel no ferimento de amor que é a mística feminina.”
I
N “A MONJA DE LISBOA” de Agustina Bessa Luís

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NÓS MULHERES: "Somos uma só identidade em múltiplas formas de conhecer o vasto mundo e os seus milagres [...]
Somos como irmãs que se desvelam a honrar a mãe-Terra, eterna não diremos, mas preparada por nossas mãos a empreender o voo, um dia, para outro lugar no espaço".


AGUSTINA BESSA-LUÍS

(REPUBLICANDO...)

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