Este texto que publiquei no Grupo Mulheres & Deusa no Facebook, serve também para enfatizar aqui o meu posicionamento em relação ao Blog. E apesar de não haver a mesma interecção nem a dinânima que o facebook permite, eu resolvi publicar aqui também a minha questão porque é uma questão, embora radical, de princípio...
Aproveito para sugerir quem quiser fazer parte do grupo no facebook é muito bem vinda...
SOU RADICAL POR UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIO...
De vez em quando eu venho aqui pontuar uma questão de princípio... Este Grupo trata de Mulheres & Deusas...trata do Principio Feminino e da sua integração em particular e apenas isso. Não em função do masculino nem em conflito com ele...apenas trata das questões que nos aprofundam a nós mulheres no sentido de integrar o nosso feminino sagrado e através da compreensão do que foi em termos históricos e culturais a cisão fulcral da Mulher. Falamos dessa cisão interior dessa divisão da mulher em duas espécies...e procuramos integrar essas duas mulheres em nós que a sociedade patriarcal dividiu...na santa e na puta...
Portanto neste momento e neste espaço não estamos em princípio, e por princípio, e creio que já posso falar por muitas mulheres aqui, interessadas em resgatar o amor do homem...mas sim o amor da mulher...o amor de si mesma e como eu não sou homem também não me ocupo do seus problemas NEM DOS MEUS AMORES SEJAM ELES QUAL FOREM, nem sequer do erotismo, mas dos meus sentimentos e consciência COMO MULHER em mim e das mulheres em geral. Espero que me entendam de coração aberto e não de mente fechada...
Senão vejamos:
A Mulher tem de uma vez por todas de Ser Mulher sem que seja em relação ao homem ou ao filho. É urgente que a mulher compreenda isto. E quando compreender e integrar isto pode ir se quiser tratar do homem e do mundo social ou o que mais queira, eu não tenho nada a ver com as opções das mulheres no seu campo amoroso ou social. A questão aqui é a mulher ver-se em relação a si mesma SEM RELAÇÕES e sem o amor do "outro"...mas com o amor de si mesma!
Não sei se me entendem bem, mas é um ponto de vista único talvez, novo, complexo, que implica um grande recuo da mulher, pois trata-se de um ângulo radicalmente diferente daquele que sempre olhámos para nós...Pois sempre a mulher foi e existiu em função dos outros...sempre em função do amor do homem em função do amor do filho ou de deus ou da família ou da comunidade.
Basta! Sim, BASTA!
A mulher tem de se OLHAR A SI MESMA sem mais projecções, sem mais amores nem ódios e lutas e medos...ELA TEM DE COMEÇAR A OLHAR PARA SI MESMA SEM MAIS NENHUM SUPORTE. Só ELA. Custa???? Pois custa. Na maior parte das vezes as mulheres nem sabem nem entendem do que se fala aqui...e acham que é arrogância minha, uma espécie de misoginia invertida, que não gosto de homens ou gosto de mulheres etc. É-me indiferente o que pensam as mentes urbanas e dialéticas dentro do sistema e os seus conceitos. Para mim BASTA. NÃO é por aí que nós vamos. Quem quiser ir neste sentido faça o esforço e será muito bem vinda, quem não quiser...faça então o seu tabalho ou seu percurso onde quiser mas não empata...nem nos desvia do nosso propósito. A vida sentimental e amorosa da mulher não concerne este espaço. Mas a sua IDENTIDADE UNICA E PROFUNDA.
Só quero que fique quem está está à vontade com o tema e em sintonia e não em desacordo. Eu não acho que a discussão nos sirva de alguma coisa, por isso NÃO ESTAMOS AQUI A DISCUTIR IDEIAS...nem filosofias! Estamos a criar empatias, sintonias, portanto não quero batalhas nem lutas...Já não preciso de antagonismos na minha vida, nem da afirmação do meu ego sun. E por reflexo aqui também não. Quero harmonia e empatia, compreensão e abertura...quero um "Círculo de Mulheres" onde os homens não entram, de maneira nenhuma...me desculpem as mulheres que não conseguem viver sem os seus "apêndices"...ou sem romances, porque aqui não há espaço para o tema. Mas todas podem abordar esses temas onde melhor se adequarem e há muitos grupos adequados onde podem debater as relações e os amores. Aqui trata-se só de mulheres. Radicalmente e irreversivelmente.
rlp
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