O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

DUAS LEITORAS COMENTAM...O ÓDIO A MULHER...

Fernanda disse...
 
Não é então da responsabilidade da mãe, ao educar os filhos dentro do medo, "produzir" um homem que se debaterá toda a sua vida em relações que nunca estarão isentas do medo?
Eu vejo muitas crianças que têm medo dos pais, por isso lhes omitem, mentem, escondem, sentimentos e acções. E há pais, senão a maioria, que até acham bem que os filhos lhes tenham medo.
A relação pais-filhos é desigual, em respeito e verdade, e enquanto assim se mantiver, naturalmente o poder de uma parte, castigador e crítico, causa medo. E convenhamos, na maior parte dos casos, a educação é da responsabilidade das mães.
Ana Nazaré disse...
 
Fernanda, As mães não tem autonomia, na maioria das vezes são submissas aos maridos, não tem vida própria, vivem sua vida através do outro e não delas próprias, foram completamente interrompidas do seu próprio desenvolvimento espiritual, não tem consciência de que não tem aquilo que desejam, sofreram lavagem cerebral tão grande que nem sabem mais o que desejam.
Por outro lado, os homens não são amorosos com as mulheres, a maioria tem muita mulher em volta e sente que elas preferem eles a elas próprias,relaxando assim na atenção e no esforço que fazem para agrada-las. As mulheres ao serem afastadas do desenvolvimento da cultura acabaram perdendo seu brilho aos olhos dos homens, que as veem como inferior, "sem graça" ...
E os filhos, absorvem o modelo dos pais. Os homens "copiam"os pais e as meninas "copiam"as mães. Através da educação e socialização a criança não consegue agir diferente pois não tem outro modelo a se apoiar. E assim a cultura vai se multiplicando.
É muito difícil agir diferente mas a informação (livros, história, e conhecer bem o mundo) pode ajudar.
 
 
OBRIGADA ÀS DUAS POR COMENTAREM...

1 comentário:

Fernanda Sampaio disse...

Não tenho nada a contrapor ao argumento da Ana Nazaré, é verdade. Há no entanto algo que não me agrada, que se atribua à sociedade, e educação vigente, a responsabilidade pela omissão da mulher. Não gosto da vitimização, pois em última instância a responsabilidade é sempre de cada um. Com certeza que é díficil agir diferente, mas também compete a cada uma de nós fazer o caminho, como diz através da leitura, buscando informação. E o que tristemente constato, é que mesmo estando a informação disponível a grande maior parte da mulher não a quer ver; note-se o caso das "50 sombras de grey", acham que aquilo é libertação sexual, confundindo escravidão com liberdade.
Será a sociedade realmente culpada por tão grosseiro erro? É preciso coragem para enfrentar a verdade.