O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, fevereiro 03, 2015

O ÓDIO À MULHER...


O RESSABIAMENTO DOS HOMENS...

“A atitude depreciativa que muitos homens têm em relação às mulheres é uma tentativa inconsciente de controlar uma situação em que ele se sente em desvantagem; muitas vezes ele procura eliminar o poder da mulher, induzindo-a a agir como mãe. Dessa maneira ele é liberto em grande escala do seu medo, pois na relação com a sua mãe quase todo o homem experimentou o aspecto positivo do amor da mulher. Mesmo assim não está totalmente livre de apreensão, porque ao fazer com a que a mulher seja mãe dele, ao mesmo tempo torna-se criança e está portanto, em perigo de cair na sua própria infantilidade. Se isso acontece ele pode ser dominado por sua própria fraqueza, e uma vez mais deixa a mulher o poder da situação. Consequentemente, a maioria dos homens aproxima-se de uma mulher com medo, não obstante seja um medo inconsciente, ou com a hostilidade nascida do medo ou, talvez, com uma atitude dominadora, para arrebata-la de um golpe. "


 In OS MISTÉRIOS DA MULHER M. Esther Harding

3 comentários:

Anónimo disse...
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Fernanda Sampaio disse...

Não é então da responsabilidade da mãe, ao educar os filhos dentro do medo, "produzir" um homem que se debaterá toda a sua vida em relações que nunca estarão isentas do medo?
Eu vejo muitas crianças que têm medo dos pais, por isso lhes omitem, mentem, escondem, sentimentos e acções. E há pais, senão a maioria, que até acham bem que os filhos lhes tenham medo.
A relação pais-filhos é desigual, em respeito e verdade, e enquanto assim se mantiver, naturalmente o poder de uma parte, castigador e crítico, causa medo. E convenhamos, na maior parte dos casos, a educação é da responsabilidade das mães.

Ná M. disse...

Fernanda, As mães não tem autonomia, na maioria das vezes são submissas aos maridos, não tem vida própria, vivem sua vida através do outro e não delas próprias, foram completamente interrompidas do seu próprio desenvolvimento espiritual, não tem consciência de que não tem aquilo que desejam, sofreram lavagem cerebral tão grande que nem sabem mais o que desejam.
Por outro lado, os homens não são amorosos com as mulheres, a maioria tem muita mulher em volta e sente que elas preferem eles a elas próprias,relaxando assim na atenção e no esforço que fazem para agrada-las. As mulheres ao serem afastadas do desenvolvimento da cultura acabaram perdendo seu brilho aos olhos dos homens, que as veem como inferior, "sem graça ".....
E os filhos, absorvem o modelo dos pais. Os homens "copiam"os pais e as meninas "copiam"as mães. Através da educação e socialização a criança não consegue agir diferente pois não tem outro modelo a se apoiar. E assim a cultura vai se multiplicando.
É muito difícil agir diferente mas a informação (livros, história, e conhecer bem o mundo) pode ajudar.