O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, dezembro 30, 2015

ESTA CEGUEIRA



«Nunca choraremos bastante quando vemos
O gesto criador ser impedido
Nunca choraremos bastante quando vemos
Que quem ousa lutar é destruído
Por troças por insídias por venenos ...
E por outras maneiras que sabemos
Tão sábias tão subtis e tão peritas
Que não podem sequer ser bem descritas.»


Sophia de Melo Breyner Andresen,
In “Livro Sexto”, 1962


 
Cada dia que passa me sinto mais perplexa em como os seres humanos se enganam na afirmação de um suposto amor - seja ele individual seja ele universal - sem que se apercebam da sua própria falta de amor ou sem que tenham o menor amor e respeito por si mesmos...
Fico perplexa sim como cada pessoas se projecta constante e diariamente sobre o amor do outro ou sobre o mal dos outros, os pobres os migrantes, os infelizes, sem que se vejam ou enxerguem minimamente a si próprios.
Esta cegueira endémica do Homem (e da Mulher) torna os humanos vulneráveis, fracos, confusos, desordenados e completamente pedintes de um amor que não existe senão dentro deles próprios....e sem que o descubram em si primeiro JAMAIS poderão amar ou ser amados fora, ou amar a família, o amante ou o vizinho ou a sociedade...Enfim, nunca poderão amar o próximo. Por isso enquanto se projectam no amor dos outros sem saberem amar-se a si mesmos, ninguém entende que o axioma "ama-te a ti mesmo como deus te ama" não tem sentido nenhum pois ninguém sabe o que é o amor em si nem o que é deus...


rlp

2 comentários:

Ná M. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ná M. disse...

( vc pode pedir para o google traduzi-lo para você) . Não é lindoo ?? S2 S2