UMA REFLEXÃO BREVE
Sobre a aceitação do outro/a...e de nós mesmas!
Repare-se, quando nos confessamos ou dizemos o que sentimos a alguém, o que acontece em geral é que a pessoa não sabe ler a experiência do outro/a sem fazer comparação com a sua e sem ser subjectiva na apreciação, reagindo sempre ora dando "receitas" ora achando bem ou mal...Não saímos da dualidade de critérios...e essa é a nossa formatação-educação...e a forma como todas as pessoas reagem de forma primária ao que o "outro/a" diz. Ninguém se abre à percepção-visão do outro...um exercício possível e de boa vontade...como complemento da sua.
...
Tenho comprovado que as pessoas raramente se conseguem dissociar do seu próprio ponto de vista e pareceres subjectivos, conceitos e ideias sobre os temas, quando os outros se expressam para ter uma impressão neutra. Digo isto para que se perceba bem que raramente conseguimos ser imparciais ou colocarmo-nos na pele dos outros/as - pois reagimos quase sempre pelo que sentimos nós mesmas em vez de recuarmos e sermos imparciais face ao outro/a e assim ou nos defendemos ou atacamos as ideias pela leitura que fazemos do que lemos à priori...
Por isso é tão difícil falar ou escrever sobre o que sentimos para os outros. Não nos entendemos nunca ou raramente porque, além de estarmos a ver as coisas de angulos diferentes, ou vem logo a receita...ou vem o reparo. E já vão ler isto que eu digo como se fosse uma "critica" ou um reparo ao que escrevem ou comentam, se for o caso...
Estão a ver?
Então de facto o exercício de uma pessoa se dizer - escrever - é muito ingrato porque nunca podemos esperar compreensão e aceitação, mas apenas REACÇÃO, rejeição ou silêncio.
No meu caso, mesmo entre amigas/os eu já tenho dito isto, quando eu falo do que sinto ou penso, ou escrevo sobre os outros/as NÃO ESTOU A JULGAR NINGUÉM em particular e quando escrevo sobre o que sinto, exponho-me nas minhas duvidas e sou eu a "objectora de consciência" - não preciso que os outros o façam por mim, mas que apenas compreendam e mostrem a sua solidariedade pelo caso exposto, pelos meus sentimentos e não espero receitas (ah medita que isso passa, ou faz reiki ou reza, vai a missa ou faz uma massagem, etc) nem julgamento de uma moral qualquer de que estamos impregnadas - mas aceito de muito bom grado a reflexão sobre as causas comuns que nos afectam sem que possamos nunca avaliar as causas pessoais de cada uma...
O que eu esperava era que houvesse compreensão e solidariedade...mas não.
Portanto o convite seria um olhar neutro sobre o drama do outro/a sem reflectirmos o nosso como oposição..."o eu sou melhor que tu, eu sou pior que tu, eu sei mais, sou mais honesto, tenho razão e tu não etc."
O QUE DEVIAMOS FAZER...
Era agir como se fossemos todas enfermeiras e tivessemos que por um penso no paciente sem saber porque ele foi ferido...nem o que aconteceu...sem pensar se é o criminoso ou o ladrão ou a vítima...
O que acontece é que quando nos julgamos ou não aceitamos como somos acabamos a julgar os outros/as da mesma forma que nos julgamos a nós mesmas...e passamos logo a atacar o outro ou a defender o nosso ponto de vista apenas. Tudo depende do grau da nossa susceptibilidade também. O medo e a culpa vem sempre em primeiro lugar...e isso tolda e adultera a neutralidade do discernimento...que nesse caso deixa de ser discernimento puro, para ser "julgamento" e é aqui que está a dificuldade em sermos neutrais.
rlp
Por isso é tão difícil falar ou escrever sobre o que sentimos para os outros. Não nos entendemos nunca ou raramente porque, além de estarmos a ver as coisas de angulos diferentes, ou vem logo a receita...ou vem o reparo. E já vão ler isto que eu digo como se fosse uma "critica" ou um reparo ao que escrevem ou comentam, se for o caso...
Estão a ver?
Então de facto o exercício de uma pessoa se dizer - escrever - é muito ingrato porque nunca podemos esperar compreensão e aceitação, mas apenas REACÇÃO, rejeição ou silêncio.
No meu caso, mesmo entre amigas/os eu já tenho dito isto, quando eu falo do que sinto ou penso, ou escrevo sobre os outros/as NÃO ESTOU A JULGAR NINGUÉM em particular e quando escrevo sobre o que sinto, exponho-me nas minhas duvidas e sou eu a "objectora de consciência" - não preciso que os outros o façam por mim, mas que apenas compreendam e mostrem a sua solidariedade pelo caso exposto, pelos meus sentimentos e não espero receitas (ah medita que isso passa, ou faz reiki ou reza, vai a missa ou faz uma massagem, etc) nem julgamento de uma moral qualquer de que estamos impregnadas - mas aceito de muito bom grado a reflexão sobre as causas comuns que nos afectam sem que possamos nunca avaliar as causas pessoais de cada uma...
O que eu esperava era que houvesse compreensão e solidariedade...mas não.
Portanto o convite seria um olhar neutro sobre o drama do outro/a sem reflectirmos o nosso como oposição..."o eu sou melhor que tu, eu sou pior que tu, eu sei mais, sou mais honesto, tenho razão e tu não etc."
O QUE DEVIAMOS FAZER...
Era agir como se fossemos todas enfermeiras e tivessemos que por um penso no paciente sem saber porque ele foi ferido...nem o que aconteceu...sem pensar se é o criminoso ou o ladrão ou a vítima...
O que acontece é que quando nos julgamos ou não aceitamos como somos acabamos a julgar os outros/as da mesma forma que nos julgamos a nós mesmas...e passamos logo a atacar o outro ou a defender o nosso ponto de vista apenas. Tudo depende do grau da nossa susceptibilidade também. O medo e a culpa vem sempre em primeiro lugar...e isso tolda e adultera a neutralidade do discernimento...que nesse caso deixa de ser discernimento puro, para ser "julgamento" e é aqui que está a dificuldade em sermos neutrais.
rlp
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