AS MULHERES COMO MERCADORIA...
"As mulheres não são apenas consumidoras na economia de mercado; elas são consumidas como mercadoria. É disso que fala o poema de Oles, e isso é o que Tax chamou de “esquizofrenia feminina”. Tax constrói um monólogo interior para a dona-de-casa-mercadoria:
“Não sou nada quando estou sozinha comigo mesma. Em mim mesma, não sou nada. Só sei que existo se sou desejada por alguém que é real, meu marido, e pelos meus filhos”.
...
"As mulheres não são apenas consumidoras na economia de mercado; elas são consumidas como mercadoria. É disso que fala o poema de Oles, e isso é o que Tax chamou de “esquizofrenia feminina”. Tax constrói um monólogo interior para a dona-de-casa-mercadoria:
“Não sou nada quando estou sozinha comigo mesma. Em mim mesma, não sou nada. Só sei que existo se sou desejada por alguém que é real, meu marido, e pelos meus filhos”.
...
[Meredith Tax, “Woman and Her Mind: The Story of Everyday Life”,
Boston: Bread and Roses Publication, 1970.]
Boston: Bread and Roses Publication, 1970.]
O QUE FALTA À MULHER?
"Chamo mulher àquela parte oculta que não é entendida pela razão masculina. Ser esposa, mãe já não satisfaz a uma mulher nos dias actuais, e ainda que tenha um emprego bem renumerado há um vácuo a pairar no coração das mulheres. Há qualquer coisa que falta e a verdade é que nenhum homem/sociedade pode dar isso e muito menos a maioria das mulheres, porque submetidas à ordem estabelecida." (autora?)
Essa mulher oculta é a parte da mulher que fica de fora -... o seu lado instintivo e mediúnico, o seu lado sexual e sensual - regra geral e corresponde à amante, enquanto a parte clara corresponde à esposa ou à mãe...é a mulher visível e aceite pelo patriarcado, e assim se mantem a mulher dividida em duas espécies de acordo com a o que a sociedade/homem estabeleceu, na imagem da santa e da puta...
Nenhuma mulher escapou a esta dicotomia depois deste registo social após ter sido condenada a propriedade do homem pelo casamento-instituição e adquirida como um bem de uso exclusivo e através de um dote, de riqueza ou de uma beleza excepcional e do outro lado, a rapariga pobre e sem recursos ou feia - obrigada a servir em casas senhorias ou ricas, engravidando pelos filhos do dono da casa ou do patrão, expulsas e obrigadas depois a prostituírem-se para sobreviver...
Esta é a histórias de muitas mulheres da geração das nossas mães, tias e avós - não precisamos de olhar muito para trás. Todas nós mesmo as mais novas têm o registo disso e são vitimas desta divisão, mesmo aquelas que pensam que não...
ÀS MULHERES CRENTES NO SISTEMA
Outra coisa que me surpreende é a ingenuidade das mulheres ao acreditar que o Sistema e o Mundo patriarcal as possa defender em algum momento e dar-lhe a DIGNIDADE QUE NUNCA LHES DEU.
O Sistema nunca respeitou a Mulher nem a Mãe nem a Filha que a vendeu e fez dela propriedade sua, mera mercadoria e em nome de bens e interesses de família e dos seus interesses sexuais ou políticos sempre usaram a mulher a seu belo prazer etc...e nós rimo-os dos ...indianos por trocarem as filhas por vacas - mas no Ocidente chamam-nos vacas e tratam-nos como tal...basta sair da "rédea curta" seja a nível psicológico seja social a que vos têm agrilhoadas.
Mulheres que lutam em nome dos direitos das mulheres, igualdades, justiça, liberdades, dizem "o corpo é meu" BLÁ BLÁ BLÁ , o que é que esperam para enxergar o que se passa há séculos e ver que afinal nada mudou e tudo o que o Sistema faz é atirar-vos pó para os olhos além das lavagens cerebrais nas suas universidades?
Quem sabe...eles até gostaria que usassem burka...e deixam agora os muçulmanos tomar a dianteira?
rosa leonor pedro
Sem comentários:
Enviar um comentário