O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 02, 2016

UM PERIGO



A FALTA DE UM VERDADEIRO FEMININO

ALÉM DA FALTA DE CONSCIÊNCIA DO SER MULHER - E A SUA DIVISÃO SECULAR - HÁ UMA FALTA DE CONHECIMENTO BÁSICO DE SI E DA SUA PSIQUE.

A aculturação da grande maioria das ditas mulheres do dito "feminino sagrado" fez com que um movimento nascente de despertar de consciências das mulheres ligada à Terra se tornasse num palco de banalidades e uma miscelânea de crendices que são um atentado a inteligência e à Psique da Mulher Moderna...
A falta de consciência e de integridade da maioria destas personagens que andam para ai a pregar em nome da Deusa, com  Budas à mistura e Cristo ou Miguel...acaba por destruir a grande possibilidade da mulher resgatar uma memória ancestral, parte essencial da sua história e da sua identidade, muito dela relacionada com a civilização céltica e de origem pagã, e que o cristianismo não só deturpou como aviltou essa memória. A mulher "pagã" a mulher celta, é a mulher que está na origem da nossa estrutura psíquica...a mulher cristã é outro modelo que para nós hoje já não serve...seja ela Eva, seja ela a Virgem santa...ou até a Maria Madalena, "a pecadora" e cujo papel e história foi invertido para tirar o poder a Mulher amante e sacerdotisa. Misturar todas essas "culturas" não me parece ser muito salutar para a mulher ocidental...a mulher moderna.
Esta Matriz de Controlo cristóide que age na base dessa ignorância das mulheres afecta profundamente um desenvolvimento psicológico natural e uma tomada de consciência da Mulher Integral.
rlp

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu percebo isto. Andei a saltitar e auscultar certos ambientes de que fala no último ano e pude-me aperceber da superficialidade destas pessoas, da confusão mental, da mistura de assuntos, dos gestos egóticos, as referências básicas (da cultura pop por vezes - o que não teria mal nenhum não fossem ser por vezes as únicas!)... Tudo isto soa a uma certa altivez, a um certo snobismo da minha parte, e se calhar é. Já vinha sentindo um certo mal-estar, todas estas experiência me eram insuficientes, e depois "caiu-me a ficha" aquando das eleições nos EUA com a vitória de Trump e a superficialidade com que esta gente "despachou" o assunto. Agora tanto post que a Rosa tem feito sobre isto ultimamente não acha que há aí qualquer coisa a trabalhar também? Porque a irritam tanto estas mulheres? É deixá-las! É o seu processo, não o nosso. Claramente, por certos testemunhos aqui, há mulheres que são mais exigentes e que, mais tarde ou mais cedo, se apercebem da insuficiência de tudo aquilo e fazem o seu caminho de outra forma. Porque é desejável fazer o caminho sozinha. Atravessar a noite escura consigo mesma. Julgo não haver outra forma. Só assim se pode estar depois (bem) com as outras.

rosaleonor disse...

Obrigada por me fazer reflectir...se bem que eu já andasse um pouco a ressentir-me de insistir tanto na questão - mas talvez devido ao facto de ter passado pessoalmente por essas situações de há um ano a esta parte e me sentir defraudada com mulheres em que acreditei e confiei, tenho exagerado a enfase. Concordo inteiramente consigo. Tem toda a razão...É como diz: "É deixá-las"...sim, os actos ficam sempre para quem os pratica e como dizia a uma amiga e leitora a verdade sempre virá ao de cimo como o azeite...
Talvez eu tenha ainda acreditado (apesar de "anciã) que ainda podíamos fazer algo grande e colectivamente, quando na verdade é sempre individual o caminho e o desejável, como diz também, é mulher fazê-lo sozinha...pois sem percorrer essa via da noite escura da alma não chegamos a lado nenhum...
Obrigada mais uma vez pelo seu comentário!
rleonor

Anónimo disse...

Grata a si. Sigo mais ou menos o blog e sei o pioneira que foi. Se me permite o conselho, não se inquiete tanto. Saiba que não está sozinha. Há gente a pensar e a sentir de forma mais sofisticada do que a banalidade que por aí grassa e que, por isso mesmo, acaba por ter mais visibilidade. É por vezes perigosa essa banalidade? É. Mas a cada uma o seu caminho.