O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 02, 2024

A DIFERENÇA ENTRE SER MULHER E SER GAJA...



SER UMA MULHER OU SER UMA GAJA!

"Eu gosto de ser gaja. Gosto de usar brincos e pulseiras e sandalinhas, de vestir lingerie, de poder variar entre saia de todos os tamanhos, calças, vestidos, camisas, tops, camisolas (ui agora é que me vão chamar frívola), ser mais inteligente que os homens (ahahahah), de ter sexto sentido (no meu caso avariadíssimo), de usar maquilhagem, de chorar com filmes românticos (pronto eu choro em filmes de qualquer género), de fazer coisas de meninas e beicinhos, de receber flores, que eles nos abram a porta para passarmos ou nos puxem a cadeira para sentarmos, de saber que posso ter filhos, enfim... de todas as características da feminilidade...
...mas porque é que temos que ter o filho da p*** do período e todas as rabugices, dores e mudanças de temperamento a ele inerentes?!? “
pmv


Esta mulher (?)  chama feminilidade a todos esses chavões, a esses aspectos secundário da farsa social  feminina - a mera aparência adoptada pela moda e o cinema - e que não são senão "fragmentos de si", e da mulher dividida em estereótipos, no fundo, a menina que recebe toda essa herança do papá, com todos os caprichos da menina mimada, infantilizada pelo pai…Ela é uma mulher dos nossos dias, vazia de entranhas, julga-se inteligente…resolvida…empoderada/masculinizada, a fingir-se mulher e como ela se retrata - certamente muito jovem -  como são todas essas mulheres que convivem muito  à vontade com esta sociedade falocrática e machista… em que ela mostra estar e ser bem amestrada!
É esssa mulher que aceita que o homem pode ser mulher e que não há diferenças biologicas, é essa mulher que se calhar vai achar optimo fazer serviço militar e ir para a guerra...
No entanto, essa Mulher dita “moderna” e aparentemnte resolvida, mas que rejeita o periodo não sabe nem sonha quem é essa Mulher visceral e Inteira, essa mulher ancestral, que vive esmagada dentro de si, adormecida, como a princesa da lenda…Mas ela na verdade nem sonha o seu verdadeiro potencial, o que essa intuição emoção lhe revelaria se se abrisse a ela e ao seu utero - coração - alma…
Essa mulher inconsequente e superficiala ela não sabe nem sonha como é urgente e preciso resgatar em si essa Mulher verdadeira que menstrua e sabe que esse sangue é vida e lhe dá um poder unico - e a une a Natureza nem o que ela ganharia em vez de seguir nas trevas do patriarcado, ou das máfias médicas, todas as Máfias, as Farmacêuticas e os empórios da Moda e da Cosmética, das sociedades economicistas modernas…da igualdade e liberdade de escravas!
Até que esssa consciência desperte na mulher, sim, até que a ConSciência do feminino acorde em si o verdadeiro feminino, o Sagrado Feminino,  o  Princípio da Matriz que a rege, uma ética inata - elas serão prisioneiras de um passado de escravas e marionetas, tal como o são as mulheres na nossa sociedade patrista e falocrática, sejam elas de que classe forem, ricas ou pobres, intelectuais ou ignorantes, serão sempre uma pálida imagem de si mesmas: Elas vivem fragmentadas e divididas, carentes, histéricas, doentes e fragilizadas…à procura da sua metade, do príncipe encantado, do homem ideal, na triste figura do “cavalheiro” de há umas décadas, afinal o vampiro que lhes há-de sugar o sangue até a última gota…
Gótica eu?
Não, sou só antropologicamente lúcida…
rlp
in Mulheres e deusas - escrito em 2012


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