O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, novembro 02, 2005

3 POEMAS MEUS...



Senhora...

Eu sou a tua coroa e o teu diadema,
A Rosa que se abre no meu peito
Quando o ar que pela tua boca respiro
Entra na minha e te beijo...

Amar-te mais não posso,
nem mais nada deste mundo anseio.
Porque és tu ó Deusa Mãe
quem desde sempre vive e respira
dentro do meu peito...


in "Antes do Verbo Era o Útero"
ROSA LEONOR PEDRO


Feitiço

Sou possessa sim,
mas de amor o teu!
Amante de mim sim,
mas de tanto em mim viveres,
ó Deusa.

Sou crente e serva de um só olhar,
o teu invisível olhar,
que me fulminou de magia
e ardente nostalgia,
mal nasci!



Magia

Quando te vejo, é como se à terra descesse um anjo...
Quando te olho, nem a minha alma crê naquilo que vê!

Como se no deserto estivesse e visse uma miragem,
Ou como se, no delírio da febre, tivesse uma alucinação,
Assim é a tua imaculada imagem no meu coração...

Cúmulo do delírio, no inimigo vejo o amigo,
No outro vejo-me a mim, e por mais que eu queira,
Não consigo desfazer a magia com que o teu olhar me encantou



In “MULHER INCESTO”
ROSA LEONOR PEDRO

1 comentário:

Ná M. disse...


Magia

Quando te vejo, é como se à terra descesse um anjo...
Quando te olho, nem a minha alma crê naquilo que vê!

Como se no deserto estivesse e visse uma miragem,
Ou como se, no delírio da febre, tivesse uma alucinação,
Assim é a tua imaculada imagem no meu coração...

Cúmulo do delírio, no inimigo vejo o amigo,
No outro vejo-me a mim, e por mais que eu queira,
Não consigo desfazer a magia com que o teu olhar me encantou