O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, fevereiro 20, 2011

UM MEDO INCONSCIENTE...


O MEDO DAS MULHERES

“A atitude depreciativa que muitos homens têm em relação às mulheres é uma tentativa inconsciente de controlar uma situação em que ele se sente em desvantagem; muitas vezes ele procura eliminar o poder da mulher, induzindo-a a agir como mãe. Dessa maneira ele é liberto em grande escala do seu medo, pois na relação com a sua mãe quase todo o homem experimentou o aspecto positivo do amor da mulher. Mesmo assim não está totalmente livre de apreensão, porque ao fazer com a que a mulher seja mãe dele, ao mesmo tempo torna-se criança e está portanto, em perigo de cair na sua própria infantilidade. Se isso acontece ele pode ser dominado por sua própria fraqueza, e uma vez mais deixa a mulher o poder da situação. Consequentemente, a maioria dos homens aproxima-se de uma mulher com medo, não obstante seja um medo inconsciente, ou com a hostilidade nascida do medo ou, talvez, com uma atitude dominadora, para arrebata-la de um golpe. “ *

* In OS MISTÉRIOS DA MULHER
M. Esther Harding


NOTA À MARGEM:

O que explica a maior parte das aberrações sexuais do homem, assim como a sua misoginia, ou a violência doméstica e o bem triste e flagrante exemplo das religiões que degradaram a imagem da Mulher, no caso da religião católica, a de Maria Madalena, transformando-a em “pecadora” para a substituir pela de deusa virgem e mãe imaculada...
Daí termos uma humanidade infantilizada e uma mulher amputada de metade de si própria!

3 comentários:

jozahfa disse...

Contam que Eurítemis, mãe de Leda, fazia moquecas de maridos, quando os deixava de amar, e as partilhava com as amigas.

Evitava uma misandria que a tolhesse de tão aprazível guloseima.

rosaleonor disse...

Meu amigo...seja bem aparecido...
e não deixe de me esclarecer o termo moqueca...boneca ou doce?

Sempre oportuno...grande e amistoso abraço!!

rosa leonor

jozahfa disse...

Moqueca é o peixe cozido em panela de barro com salsa, coentro, cebolas e tomate. Prato típico do litoral brasileiro. Palavra de origem tupi provavelmente. Temos também o verbo moquear. Os franceses do Langue D'oc têm um prato semelhante: o Bouillabaisse.
Abraços!