O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 22, 2011

A UNIÃO DAS MULHERES NO MUNDO

- A ideia de criar a união das mulheres em todo mundo é mais do que oportuna. Nos dias difíceis dos levantes mundiais, da desunião humana, da negligência de todos os princípios superiores do Ser, que são os únicos doadores verdadeiros de vida, e que levam à evolução do mundo, deve ser ouvida uma voz chamando para a ressurreição do espírito e para a introdução do fogo da conquista em todas as acções da vida. E, com certeza, esta voz deve ser a voz da mulher, que durante milénios bebeu o cálice do sofrimento e da humilhação, e forjou seu espírito na maior paciência. Agora, que a mulher — A Mãe do Mundo — diga: «Haja Luz», e que ela afirme suas conquistas ardentes. Como será esta Luz, quais das suas conquistas serão as grandes e ardentes? A bandeira do espírito será hasteada e nela será inscrito «Amor, Conhecimento e Beleza». Sim, só o coração da mulher, a mãe, pode unir sob esta Bandeira as crianças de todo o mundo, sem distinção de sexo, raça, nacionalidade e religião. A mulher — mãe e esposa — testemunha do desenvolvimento do génio do homem, pode avaliar o grande significado da cultura do pensamento e conhecimento. A mulher — inspiradora da beleza - conhece toda a força, todo o poder sintetizador da beleza. A mulher — portadora do poder sagrado e do conhecimento do espírito — pode verdadeiramente tomar-se «A Líder». Portanto, ergamos sem demora a grande Bandeira da Nova Era — a Era da Mãe do Mundo. Que cada mulher amplie os limites de seu lar para abranger os lares de todo o mundo. Estes inúmeros fogos fortalecerão e enfeitarão seu próprio lar. Sabendo que a limitação leva à destruição e que a expansão gera a criação, aspiremos com todas as nossas forças à expansão de nossa consciência, ao refinamento do pensamento e do sentimento, de modo que possamos acender nossa própria lareira com o fogo criativo resultante. Coloquemos na base da União da Mulher a aspiração ao conhecimento verdadeiro, aquela que não conhece demarcações nem limitações humanas. Porém, podem nos perguntar como se pode alcançar o verdadeiro conhecimento. Responderemos: «Este conhecimento existe no seu espírito, no seu coração. Seja capaz de acordá-lo». (...) A humanidade deve conscientizar a majestosa Lei Cósmica da equivalência e da grandeza dos dois Princípios como a base da Existência. A predominância de um Princípio sobre o outro criou desequilíbrio e destruição, que podem ser agora notados em toda a vida. Porém, que a mulher que compreendeu esta lei e que aspira ao equilíbrio dos Princípios, que ela não perca a beleza da imagem feminina; que ela não perca a ternura do coração, a subtileza dos sentimentos, o auto-sacrifício e a coragem da paciência. A mulher, portadora do conhecimento sagrado, pode tornar-se uma força que convoca, acendendo com palavras ardentes as almas que estão prontas. É necessário dar a cada mulher de acordo com sua consciência e sem impedir seu crescimento natural e individual. É necessário, com toques cuidadosos, alargar o horizonte sobre a base do Ensinamento da Vida. Que cada alma se desenvolva de maneira natural, trazendo à luz o melhor que e a puder, de acordo com o nível de sua consciência. A beleza está na variedade, mas tudo deve ter uma base geral — a base de aspirar ao Bem Geral. A mais ampla cooperação está inscrita na Bandeira da Mãe do Mundo. Portanto, mostremos a maior tolerância. Irmãos da Montanha Dourada, um tempo bonito, mas perigoso, está à nossa frente — um tempo de grandes conquistas. Eu lhes envio o chamado do meu coração. Armemo-nos com aspiração flamejante e coragem, e levaremos a Bandeira da Mãe do Mundo acima de todos os obstáculos — a Bandeira do Amor, do Auto-Sacrifício e da Beleza — de modo, na hora da vitória, nós a fincarmos nos Picos do Mundo. (...) Cartas de Helena Roerich

3 comentários:

Unknown disse...

Lindo texto. Chama à luta, mas uma luta de amor, diferente das lutas que até então conhecemos... Obrigada por esta linda mensagem!

rosaleonor disse...

É realmente fantástico este texto escrito em 1920 e tal creio...imagine a consciência deste ser...nós só agora começamos a ter consciência e a acordar essa memória de grandeza ancestral...
abraço

rosa leonor

madalena madeira disse...

Fabuloso, Maravilhoso ! è a salvação do Mundo esta União das Mulheres !!
Abraço,
Madalena