O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 24, 2011

DAS PEQUENAS PERCEPÇÕES

Cinemagraphs Gifs de Jamie Beck

Consideremos um rosto e, nesse rosto, um sorriso. O sorriso pretende ser amigável, mas, apesar disso, apercebemo-nos de um não sei quê que nos revela exatamente ao contrário: esconde uma profunda antipatia, hostilidade até. Mas só um olhar atento capta este afastamento entre aquilo que o sorriso pretende exprimir e aquilo que realmente exprime. Este afastamento é apercebido graças às pequenas perceções: é um sorriso imperceptivalmente hipócrita.

José. N. Gil, Les Enjeux du Sensible. Revista Chiméres, nº 39

Os nossos encontros são feitos destas pequenas perceções e das outras que nos fazem sentir verdadeiramente acompanhados.
São detalhes mínimos da comunicação que pertencem ao reino do indizível e do íntimo. Falar deles a alguém, é uma experiencia solitária.
Devíamos dar mais valor às pequenas perceções. Os nossos pensamentos sobre as pessoas nascem desta essência afetiva.

2 comentários:

Nana Odara disse...

Oi Rosa...
meu sorriso... sem hipocrisia...
e algumas palavras...
q talvez vc goste de ler...
Beijo na boca!

rosaleonor disse...

Pois gostei muito mesmo minha querida...estamos a sentir o mesmo e em sintonia...só que com estilos diferentes...vai ver...hoje publico o que tenho estado a escrever e a sentir... o mesmo desgosto a mesma tristeza o mesmo sonho de ver a mulher irmã e unida...amiga...e todos os dias aoenas me confronto com o contrário...com o oposto do senho e sem saber por onde continuar...
abraço grande e grata pela sua leadade feminina


rosa leonor