"Por todas
as filhas e velhas que, não obstante difamações culturais que digam o
contrário, não obstante mágoas, decisões equivocadas, fracassos totais... são
prova viva de que a alma ainda volta à vida, ainda vive, e de modo vibrante...
por todas as filhas e velhas que, apesar de todas as fraquezas, apesar de toda
a lengalenga do ego que indicaria o oposto, há muito tempo têm certeza, ou
acabam de ter um vislumbre, de que nasceram com a sabedoria no corpo e na alma,
eque essa sabedoria é tanto sua herança dourada como seu estopim dourado. Por
todas as filhas e mais velhas que estão criando as referências que mais
importam: prova de que uma mulher é como uma árvore gigantesca que, por sua
capacidade de se mover em vez de permanecer imóvel, pode sobreviver às piores
tempestades e perigos; e ainda estar de pé depois; ainda descobrir seu jeito de
voltar a balançar, ainda continuar a dança. Por todas as filhas que ainda estão
em formação, quer tenham acabado de começar, quer já tenham avançado no
caminho, para se tornarem"ordinariamente majestosas" e tão sábias, indomáveis
e perigosas quanto forem convocadas a ser — o que é muito. Muito. Muito."
CLARISSA PINKOLA ESTEES
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