" ... Classicamente, a psicologia e a psicanálise descrevem um mecanismo de construção da identidade: por identificação de modelos. A pessoa identifica-se com o pai, com a mãe, o professor, um jogador de futebol, um grande filósofo. Fazemos mais dois processos de identificação que... são mais importantes do que este. Um joga com a identificação imagoico-imagética, em que nos identificamos à imago e à imagem que os nossos pais e o mundo nos atribuíram."
- Temos um desejo de corresponder a essa identidade?
Coimbra de Matos: Os portugueses têm muito isto. Vamos um bocado nessa cantiga - assimilar a identidade dos nossos políticos, dos nossos pais, o que a História nos vai infiltrando. O indivíduo assimila a imago, que é uma coisa menos consciente, e a imagem, que é uma coisa mais nítida, que o outro atribui."
IN INCALCULÁVEL IMPERFEIÇÃO
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COM QUE MÃE OS HOMENS SE IDENTIFICAM?
ONDE ESTÁ O PODER DO FEMININO NA SOCIEDADE PORTUGUESA, PATRIARCAL E CATÓLICA?
ONDE ESTÁ O PODER DO FEMININO NA SOCIEDADE PORTUGUESA, PATRIARCAL E CATÓLICA?
Numa sociedade que quando muito omite a mãe e a Deusa...para não dizer que claramente a despreza e a maltrata, que imago ou imagem há da Mãe e da Mulher na sociedade portuguesa?
Ela certamente não existe e a existir apesar de se afirmar que é a mãe que educa o filho - precariamente e em estado de revolta/submissão e desordem emocional - que mãe é esta pois que nos serve de modelo? Forçosamente uma Mãe ausente e em lugar de uma Mãe condigna e uma Mulher plena, temos uma mulher precária deprimida doente ou histérica...ou ainda se pode dar o caso de ser também ou uma puta ou uma drogada...
Portanto os portugueses não podem ter uma grande auto-estima com uma mãe demente ou ressabiada, uma mãe vítima de violência doméstica, ou sujeita ao tratamento depreciativo do pai...e os hipócritas senhores da cultura e do conhecimento, omitem pura e simplesmente, branqueam questões de classe quando a própria classe média é afectada por esta desordem atávida. A suposta inferioridade da mulher...mas não é de estranhar pois as próprias mulheres palermas querem se convencer que não é verdade, que já não são assim tratadas...sim, uma minoria de elite... mas mesmo assim não sei se muitas escapam de serem violentadas psicologicamente ou fisicamente...sim, as senhoras respeitáveis e as mulheres resolvidas da letras e da política...vangloriam-se de serem livres...
rlp
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