Os celtas e os druidas respeitavam e evocavam em consciência o espírito da vida e da morte como os dois lados da existência humana, nascimento, morte e renascimento e viam a vida como um continuum e que, nesta noite privilegiada, se ligavam sem transição, ao outro lado do véu…
O que para os católicos se tornou pagão e herege era o verdadeiro sagrado antes. Uma noite fora do tempo e do espaço em que os espíritos dos vivos e dos mortos comunicavam sem barreiras...
O sentido da Vida era tão respeitado como o sentido da Morte e Sagrada era a Terra e a Natureza, tanto como o amor e o sexo eram consagrados, assim a mulher, druida, sacerdotisa ou feiticeira, mediadora das forças cósmico ou telúricas que evocava a Deusa Mãe e os seus mistérios.
E tudo isso a religião católica perverteu e converteu aos seus dogmas baseados no medo e no pecado… afastando e distanciando as pessoas, nomeadamente as mulheres, quer da sua essência primordial quer do acesso a outras dimensões…
E de facto quem diabolizou a mulher, a sua mediunidade e as forças ctónicas com os seus aspectos sombrios foi o cristianismo depois de Cristo…não Cristo que se rodeou de mulheres…
rlp
E nos nossos dias assistimos a essa palhaçada típica americana de alienação e ficção burlesca…abóboras pintadas e dentes podres da bruxas horrendas de preto…de vassoura na mão, a varrer os ares…que pena mesmo elas não varrerem esses espíritos beatos católicos que destruiram tudo o que era natural e são…
As abóboras ocas e recortadas, outro ícone do Halloween, são tipicamente norte-americanas.
“Uma lenda celta dizia que um espírito que não conseguia ir nem ao céu nem ao inferno usou uma lanterna para guiar-se. Os irlandeses, ao imigrar aos Estados Unidos, conheceram as abóboras e perceberam que, ocas, elas também funcionavam bem como lanternas e continuaram assim a tradição”, diz Santino.
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