O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, abril 10, 2013

PARA O BOM OBSERVADOR...



CLARIFICANDO...

A propósito do texto anterior e de um comentário de um leitor...

Quando digo que a mulher é mantida na ignorância refiro-me a ignorância de si...a ignorância da sua verdadeira essencia e do seu verdadeiro potencial como mulher integral e não falo da mulher intelectual nem da mulher informada e formada dentro da mentalidade e dos princípios e valores do patriarcalismo que a mantém ignorante do seu poder pessoal - que não é só sexual por um lado  nem de mãe somente por outro...pois essa é a divisão secular da mulher na Igreja e em quase todas as seitas, e que ela é vista como uma mulher bem comportada e séria ou uma doidivanas, uma ordinária...e que toda a mulher de uma maneira geral sofre e entra em conflito interiormente pois se vê obrigada a negar um lado ou o outro de acordo com que o meio ou  a família exige dela e dessa conflito psicológico e emocional sai sempre  enfraquecida e dividida, sendo assim impedinda  de ser tronar uma mulher completa e uma Mulher Integral, de acordo com a  ideia que defendo e venho a desenvolver neste Blog e no livro do mesmo nome desde há mais de uma década.


Portanto a meu ver, a  mulher moderna, intelectual ou espiritual é tão atrasada no sentido do si mesma (não tanto no sentido juguiano do termo) como a mulher mais  ignorante, embora ela se tenha afirmado nos círculos académicos e outros, mas apenas porque exerce o seu animus e dando enfase à  Razão e à Lógica e não se atreve a ser ou a exprimir os aspectos de si  que lhe correspondem efectivamente: uma mulher sente mais com o coração (que é singularmente inteligente) e usa ou devia usar a intuição acima da lógica, sem a excluir ....pois é essa a sua qualidade intrínseca, e como se sabe são essas as funções do hemisfério cerebral direito, o lado feminino, e que são ridicularizadas pela mente lógica, hemisfério esquerdo. Vem dessa velha dicotomia entre sentir e pensar, o velho cisma que valoriza as funções de um hemisfério e denigrem os do outro. A mulher como representante dessas funções é e foi sempre ridicularizada ou inferiorizada por não saber pensar. Por isso ela hoje valorizando-se de acordo com a sociedade patriarcal utiliza apenas a mente masculina, a linguagem masculina - aceitando inclusive ser dela banida e ser aglutinada ao termo Homem -  e serve o modelo masculino de mulher que o imaginário do homem dela criou, moldou e lhe impos como única...aliás...tem dois modelos a escolha...mas essa escolha também não depende dela...  Enfim, digo e repito de todasas formas esta mesma visão até que ela seja integrada no Consciente e a mulher possa ser inteira, e nõa mais uma ou a "outra"...sempre dividida, grosso modo... entre a "santa e a puta"...e as suas variantes modernas e mediáticas, mas sempre divisão e utilização exploração de um lado da mulher.   rosaleonorpedro

1 comentário:

Anónimo disse...

Nessa perspectiva, a coisa muda de figura.

O que me leva a um jogo de cintura e, sem qualquer espécie de problema, concordar consigo.