O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, abril 09, 2013

A PERVERSIDADE...



O ABUSO DO MAIS "FRACO"

“O perverso de caráter apresenta como o perverso autêntico uma recusa muito focalizada e muito parcial da realidade, no entanto a sua recusa específica incide não sobre o direito da mulher em ter um sexo autêntico que é mesmo dela, mas sobre o direito dos outros em possuir um narcisismo próprio na medida em que é sentido como um obstáculo à utilização dos outros exclusivamente ao serviço do seu próprio narcisismo”


Jean Bergeret Psicologia Patológica ClimepsiAndreas Goosses que é o porta-voz do “Fórum de homens”, e que trabalha o campo do mundo psicológico masculino há cerca de duas décadas, esteve recentemente em Portugal e disse em entrevista para o Jornal Publico: “Os homens são sempre vistos como mais fortes mas também são, por vezes, vítimas de violência de outros homens. Não é tão falado, mas existe.”

Independentemente dos preconceitos do agressor face à mulher, compreendemos melhor o que poderá ser a sua estratégia demolidora, se pensarmos que o verdadeiro alvo a apontar é aquilo que mais seguramente atingirá a identidade da vítima, seja ela mulher ou homem. E fazem-no com um prazer disfarçado.

Nesse jogo perverso, joga-se com as expetativas da vítima, cujo escape poderá estar em libertar-se delas, guardar para si as partes que mais aprecia em si própria, deixar de se justificar, e resistir à sedução.   Publicada por cristina simões IN Incalculável Imperfeição

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