O ABUSO DO MAIS "FRACO"
“O perverso de caráter apresenta como o perverso autêntico uma recusa muito focalizada e muito parcial da realidade, no entanto a sua recusa específica incide não sobre o direito da mulher em ter um sexo autêntico que é mesmo dela, mas sobre o direito dos outros em possuir um narcisismo próprio na medida em que é sentido como um obstáculo à utilização dos outros exclusivamente ao serviço do seu próprio narcisismo”
Jean Bergeret Psicologia Patológica ClimepsiAndreas Goosses que é o porta-voz do “Fórum de homens”, e que trabalha o campo do mundo psicológico masculino há cerca de duas décadas, esteve recentemente em Portugal e disse em entrevista para o Jornal Publico: “Os homens são sempre vistos como mais fortes mas também são, por vezes, vítimas de violência de outros homens. Não é tão falado, mas existe.”
Independentemente dos preconceitos do agressor face à mulher, compreendemos melhor o que poderá ser a sua estratégia demolidora, se pensarmos que o verdadeiro alvo a apontar é aquilo que mais seguramente atingirá a identidade da vítima, seja ela mulher ou homem. E fazem-no com um prazer disfarçado.
Nesse jogo perverso, joga-se com as expetativas da vítima, cujo escape poderá estar em libertar-se delas, guardar para si as partes que mais aprecia em si própria, deixar de se justificar, e resistir à sedução. Publicada por cristina simões IN Incalculável Imperfeição
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