O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 12, 2013

É PRECISA MATURIDADE...





 
SEM MATURIDADE

NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE UNIÃO ENTRE AS MULHERES...

"Membros dos círculos de mulheres sábias tem qualidades que associamos às deusas anciãs – sabedoria compaixão, humor, indignação, acção decisiva, maturidade – mas são também mulheres morais e imperfeitas na terceira fase da vida, conscientes de que estão envelhecendo e são vulneráveis a todos os temíveis aspectos do envelhecimento e da morte. Elas sabem que a vitalidade, a criatividade e a influência que têm passará e sabem o seu tempo limitado e precioso. Toda a mulher tem o seu período de experiência e lições para passar adiante. Individual e colectivamente, elas têm mais visão psicológica e compaixão do que quando eram mais jovens. Muitas terão experiências passadas de outros grupos para transmitir. Podem ter se conhecido durante quase uma vida inteira ou ter se encontrado pela primeira vez quando o círculo se formou.

Um círculo de mulheres sábias pode ser formado por mulheres que tenham algo em comum; elas podem ser activistas, avós, psicoterapeutas, artesãs, escritoras ou músicas, alunas da mesma escola ou sobreviventes do cancro ou residentes da mesma comunidade ou vizinhança; podem ser de classe social diferente ter raízes ou raças semelhantes. Ou na superfície podem aparentar não ter nada em comum. Em qualquer dos casos, o que mostram não tem importância, pois o que vale é a essência de cada uma, suas qualidades de alma e maturidade psicológica. Sua honestidade, confiança, o seu riso compaixão curadoras fazem do círculo um santuário da autenticidade e a base de uma casa espiritual.

Penso nas mulheres que compõem tais círculos como anciãs que foram pressionadas e suavizadas nos pontos certos."
(...)

In As deusas e a mulher madura

Jean shinoda bolen

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