O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, maio 10, 2013

O DOMÍNIO DO PATER...


AS mulheres mais do que os homens e sem qualquer possível comparação, sofrem de uma censura permanente de si mesmas…Dentro e fora, mas dentro delas há sempre um censor, uma programação de destruição, como se nela se tivesse instalado uma mente alienígena puramente destrutiva do seu ser mulher, e do feminino em geral, que permanentemente as ataca e diminui perante si mesmas.
É como diz Hal Stone:
«Dentro da maioria das mulheres há um Patriarca Interior que acredita que ela é inferior e que precisa de vigilância constante para que o seu comportamento seja em qualquer momento apropriado. Sentem um desdém profundo face a sua feminilidade e podem chegar a sentir-se literalmente envergonhadas pelo facto de ser mulher.»
  
É esse censor, essa mente colada a nós, esse Patriarca Interior que devemos desterrar...

Devemos não só perceber como aniquilar esse modelo da Dependência Feminina que nos torna seres “inferiores e dependentes” do homem, seres limitados e frágeis, afirmando-nos como mulheres autênticas e não como “homens”, como é o caso, tantas vezes, muito particularmente, das mulheres de sucesso e que o fazem perseguindo o poder dos homens conseguindo igualarem-se a eles por fora, afirmando-se na sociedade e no seu mundo. Mas isso nunca o iremos poder fazer através da nossa verdadeira feminilidade nem dos valores do intrinsecamente feminino, que nada têm a ver com a imagem estereotipada da mulher moderna e que não corresponde de forma alguma a esses  estereótipos apresentados pelos Mídea e pela cultura em geral, como os de uma mulher sedutora e sensual, mulher fatal, associada sempre a um corpo de desejo e para uso do macho. Sabemos que a verdadeira mulher e os seus atributos essências, foram “excomungados” pelos patriarcas e completamente anulados pela educação patriarcal, e que a mulher só tem expressão nesta sociedade imitando o Pai, através da força e do domínio sobre os outros e até do homem em alguns casos...ou como mulher de prazer, a tal mulher fatal e só  pela sua sexualidade.

Como tudo isso se passa é que,
“Vivemos numa sociedade androcêntrica que vê o mundo desde o olho masculino. Basta ver como nos dias de hoje existem culturas que consideram as filhas inferiores aos filhos entre mil outros exemplos. O que a mãe diz... a linguagem da experiência... carece de importância é muito mais apreciada a linguagem de análise do pai. Nem sempre somos conscientes disto pois a nossa voz interior e instintiva foi dopada durante anos e anos. Quando nos impingem uma voz interior que faz o papel de crítico afastamo-nos da voz selvagem e instintiva inerente a mulher (esta voz nas mulheres surge como o Patriarcado Interno) concedendo espaço e realização as ideias e opiniões de orientação tradicionalmente masculinas e retira interesse e importância as tradicionalmente femininas. O Patriarcado interior é o reflexo da sociedade (mas também do teu processo pessoal). O melhor a fazer é identificar a voz desse crítico interior, dar-lhe nome e depois manda-lo de férias! E depois voltares a olhar-te ao espelho!”( in Facebook -Via Luiza Frazão)

Rosa Leonor pedro

Sem comentários: