DIÁLOGO IMAGINÁRIO ENTRE VIRGÍNIA WOOLF E CLARICE LISPECTOR.…
- "O que é uma mulher? Eu lhes asseguro, eu não sei. Não acredito que vocês saibam. Não acredito que alguém possa saber até que ela tenha se expressado em... todas as artes e profissões abertas à habilidade humana.” - Virginia Woolf
- Você tem razão Virgínia, "É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo." *
- Sim eu lhe digo: “A mulher não está sabendo, mas ela está cumprindo uma coragem. A coragem da mulher é a de não se conhecendo, no entanto prosseguir, e agir sem se conhecer exige coragem”. * Clarice Lispector
1 comentário:
Em que momento, da história, ou, do tempo será possível esse resgate? Será isso possivel? Ou, tudo o que foi - passado, pois a memória está cá dentro e parece ser, assim, impossível de ir, também este sentimento da questão ser Mulher - deixá-lo ir e viver o que resultou desse passado, mulher vazia, desventrada... ou será que é preciso ir ao pântano e lá navegar à sua procura e sentir tudo outra vez e, então depois de beber o veneno todo esquecido e acordá-lo, poderá então começar lentamente a subida, o ressurgimento da sua identidade, porque a fera de 12 cabeças já foi vencida, ou pelo menos consciencializada... e reescrever a história, outra vez?!!!
ou não se vai ao fundo agonizante, e deixa-se, por assim dizer, a sombra fermentar? é um processo difícil, tenebroso... mas não será esse o preço do resgate...
senão, o que resultará daqui, é um ser mutante, uma mulher mutante e despersonalizada... um ser que será outra coisa totalmente nova, e nem a memória do passado lhe valerá!!
De La Filhota
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