“ A intimidade impõe o abandono da couraça que protege o nosso núcleo mais intimo, sede do pudor e da vergonha: quanto mais partilhada mais o outro tem livre acesso às nossas coisas secretas. Mas só a tolerância e uma grande estima de nós próprios nos levam a viver este despirmo-nos como uma oportunidade e não como uma ameaça. Quem pensa que deve esconder as partes de si mesmo que mantém inconfessáveis, inevitavelmente vive a intimidade como um risco”
Willy Pasini Intimidade, O outro lado da afetividade
Na ordem do desejo que nos liberta das habituais fronteiras entre o corpo e o espirito. Entre nós e o outro. Partículas de energia, numa dança, ao ritmo de termos sido capazes de nos colocarmos na sua pele sem nos perdermos, e disponíveis para o deixar entrar, sem medo de sermos devorados por ele. Alheados da fórmula que permitiu que o milagre tivesse lugar, não nos contentamos com o conforto do inolvidável encontro. Surge a ideia insana que pode não se repetir, e a urgência de o reviver.
Ideia chave: são necessários dois processos psicológicos para que a intimidade seja possível – a identificação projetiva e introjetiva - empatia e ressonância afetiva.
2 comentários:
Vim até aqui à procura da Assunção Esteves e não a encontrei.
JM
Já lá está...obrigada por lembrar...até que estava distraída...
rlp
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