O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, outubro 30, 2013

UM CASO MEDIÁTICO MAS QUE SERVE "BEM" DE EXEMPLO...

ESTE HOMEM SEM CARÁCTER, MISÓGINO E NARCISISTA,  QUERIA SER PRIMEIRO MINISTRO...

"O total desrespeito pela protecção dos filhos menores idem. Carrilho conseguiu nestes últimos dias mostrar-nos como é possível que um exemplar que sonhou um dia ser primeiro-ministro de Portugal – no mínimo, candidatou-se a presidente da Câmara de Lisboa, em que nos presenteou com uma campanha patética com uma ampla utilização da mulher e da criança – pode estar ao nível de um criminoso alcoólico desempregado e analfabeto a viver numa barraca de zinco."

"A violência domestica, caros cidadãos e cidadãs. nem sequer, pela sua trágica dimensão, é um problema domestico de casal, e trazê-la a lume não é lavar roupa suja. É denunciar um CRIME PÚBLICO que todos os anos leva para a cova muitos milhares de mulheres no mundo inteiro. Denunciá-lo é sinal de coragem, desassombro e civismo." M.G.


"A separação mais mediática do ano, por motivos de alegada violência física e psicológica exercida pelo homem da casa sobre a sua consorte, ao que o dito contrapõe com acusações de alcoolismo e outras, tem sido comentada nas redes de uma forma aterradora. Em primeiro lugar, pela violência exercida contra a língua portuguesa de que os comentadores e comentadoras dão abundante testemunho. Depois, pelo preconceito terrível e a indisfarçável inveja, que enforma grande parte dos comentários quase todos a apelar ao «silêncio» da suposta vítima, a que já uma outra se lhe segue na pessoa da primeira esposa que rompe um silencio de muitos anos.
Eu não sei o que há de verdade ou de fantasia nestas acusações. A procissão vai no adro. O que sei é que silêncio, que tantos apregoam como virtude, é o pior inimigo das vitimas, sejam elas quais forem e seja qual for o seu escalão social. Em nome do silencio, prerrogativas de género, de estatuto, social e etário, têm sido mantidas ao longo dos séculos. A propósito até de crianças agora adultas que vieram, e cada vez são mais, acusar padres de terem abusado delas no desemparo das suas infâncias desamparadas, veio até um sacerdote com grandes responsabilidades invocar a «culpa» das vítimas, que por serem «frágeis» e «carentes» constituam motivo de tentação e ocasião de pecado para uns quantos homens de deus.
No fundo, é tudo farinha do mesmo saco. Se uma mulher, por acaso até linda que se farta, socialmente bem sucedida, vem por cobro a um casamento e invoca violência domestica, o que emerge nos comentários às notícias, é um estendal de frases mal construídas cheias de pontapés na gramática e erros de ortografia, e, pior ainda, eivadas de inveja e despeito. «Querias ser famosa? Come e cala?!, etc. etc., Ora eu penso que se alguém tem a coragem e o desassombro de trazer o seu drama doméstico para a praça publica, vai constituir mais um sinal de alerta para agressores e de apoio a vitimas silenciosas. A ser verdade o que ela alega, Barbara Guimarães agiu muito bem e era muito bom que mais mulheres com autonomia financeira e no escalão social em que ela se encontra pudessem e tivessem a coragem de fazer o mesmo. Porque a violência domestica não mora só nas barracas e nos subúrbios.
A violência domestica, caros cidadãos e cidadãs. nem sequer, pela sua trágica dimensão, é um problema domestico de casal, e trazê-la a lume não é lavar roupa suja. É denunciar um CRIME PÚBLICO que todos os anos leva para a cova muitos milhares de mulheres no mundo inteiro. Denunciá-lo é sinal de coragem, desassombro e civismo.


Manuela Gonzaga
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UM HOMEM SEM CARÁCTER QUE FOI MINISTRO DA CULTURA...

"A prova da existência de uma doença mental grave pode ser atenuante de Carrilho
Não foram precisos os últimos acontecimentos para que muitos já tivessem concluído que Manuel Maria Carrilho é uma personagem asquerosa. A miséria de Carrilho está profundamente documentada na pequena história lisboeta – e se boa parte dela não vem a público é pela necessidade de ser protegida a dignidade de terceiras pessoas.
O que os últimos acontecimentos e as sucessivas entrevistas de Carrilho sobre a ex-mulher e respectiva família revelam é que é sempre possível descer às profundezas da miséria e do ultraje. Talvez Ferreira Fernandes já tenha escrito tudo o que havia a escrever na sua crónica no DN: falta perguntar a Carrilho como é possível que um ser humano que não sofra de uma doença mental grave (é evidente que, a confirmar-se, isto será uma atenuante em sede judicial) pode dar, compulsivamente, todas aquelas entrevistas destilando tudo o que existe de mais sórdido contra a mãe dos seus filhos e o resto da família.
A falta de carácter não é uma doença mental, mas uma doença mental grave pode conduzir à falta de carácter. Ao longo destes anos todos, a interrogação sobre se Carrilho sofreria de uma doença mental grave que o conduziria a variadas faltas de carácter subsistiu. Neste momento, só a explicação clínica pode justificar a baixeza das declarações sobre a ex-mulher, enquanto pelos vistos se reunia com personagens do PS (incluindo o líder, António José Seguro) para os pôr a par do processo de divórcio. Imagino o pânico desses dirigentes do PS à medida que as declarações de Carrilho iam aumentando de tom.
As estatísticas provam que a violência doméstica é um crime que não se restringe às barracas. A difamação torpe também não. A falta de escrúpulos muito menos. O total desrespeito pela protecção dos filhos menores idem. Carrilho conseguiu nestes últimos dias mostrar-nos como é possível que um exemplar que sonhou um dia ser primeiro-ministro de Portugal – no mínimo, candidatou-se a presidente da Câmara de Lisboa, em que nos presenteou com uma campanha patética com uma ampla utilização da mulher e da criança – pode estar ao nível de um criminoso alcoólico desempregado e analfabeto a viver numa barraca de zinco. Os tribunais estão cheios de processos de divórcio asquerosos, de lutas por tutelas de crianças em que o superior interesse delas é posto de lado em nome do controlo dos bens. Inusitado, para alguns, é o protagonista ser o outrora glamoroso ministro da Cultura com aspirações a uma carreira política."
Ana Sá Lopes
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UM COBARDE QUE BATE NAS MULHERES

“A primeira vez [que foi agredida] tinha 25 anos. Bateu-me durante um dia inteiro”, lembra Joana Varela. A razão desta alegada agressão: “Eu percebi que ele tinha um caso e um dia pus-me a beber bagaço até cair para o lado. E pensei que isto só terminaria se também fosse para a cama com alguém. E fui. No dia seguinte disse-lhe ‘estamos quites’”.
Manuel Maria Carrilho – que agora enfrenta acusações de violência doméstica, que segundo Bárbara Guimarães estão na origem desta separação – reagiu mal à traição de Joana e espancou-a “durante o dia todo”, com “imensos pontapés” e com “uma faca encostada ao pescoço”.
O filho do casal estaria a assistir a tudo, na cozinha, escondido, segundo relata Joana Varela. O último episódio na relação de violência foi uma agressão “de faca em riste”, que imputa a Manuel Maria Carrilho. Nesse dia, Joana decidiu abdicar pôr termo ao casamento. “Fez-me sentir abaixo de cão”, lembra.
Joana Varela ter-se-á disponibilizado para testemunhar a favor de Bárbara Guimarães, relatando a sua história, para reforçar a versão da apresentadora de televisão. Agora com 62 anos, reformada, a ex-mulher de Carrilho acredita que Bárbara está a viver o mesmo pesadelo que marca o seu passado.
Apelida Carrilho de “pessoa violenta”, sem respeito pela “dignidade do outro”. Acusada por diversas vezes de ser bipolar, Joana Varela devolve a crítica, nesta entrevista ao DN: “Ele é que sofre de uma perturbação muito grave”.
No entanto, o antigo ministro da Cultura desmente as acusações. Apelida-a de “louca” e usa o argumento de a ex-mulher ter estado “várias vezes internada em hospitais”.
Joana Varela já tinha usado o Facebook para enviar uma mensagem de solidariedade a Bárbara Guimarães, afirmando que o presente de Bárbara coincidia com o seu passado.
A apresentadora, porém, mantém-se em silêncio, de acordo com o que prometeu no único comunicado que emitiu. Nessa nota, fez saber que irá proteger os filhos, evitando alimentar polémicas públicas, confirmando que avançou com um processo de divórcio litigioso, por violência doméstica alegadamente praticada por Manuel Maria Carrilho.(...)in  nova gente
 

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