O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, janeiro 15, 2017

A INTEGRALIDADE DA MULHER




O SISTEMA e

"A sociedade patriarcal valoriza e promove apenas os aspectos masculinos, subestimando e até mesmo reprimindo os aspectos femininos. O resultado é que a mulher se esvazia, perde sua identidade feminina essencial e se torna uma “cópia” caricatural do homem; o homem, por sua vez reduzido à masculidade bruta e unilateral, perde a ligação com os valores femininos do seu mundo interior e passa a ter uma relação opressiva para com a mulher. Como restaurar a feminilidade, despontenciando a unilateralidade do mundo patriarcal, a fim de reequilibrar a identidade psicológica dos sexos e planificar a relação entre o homem e a mulher?"*



A integralidade da mulher, o encontro da mulher consigo mesma, o resgate da sua feminilidade, é um longo processo de autoconhecimento e até que a mulher caia em si sinceramente e comece a fazer essa tal descida aos infernos, ao seu abismo de que tanto tem medo e regra geral foge, é quando a mulher se começa a encontra para não mais perder o foco de si - mas é só caminhando com a sua sombra (mãe), que ela vai ao seu labirinto e se vai despindo de ideias e conceitos e de medos...
Aos poucos também irá recuperando a sua auto-estima e a sua autoridade na medida em que se for consciencializando do seu próprio valor; sim, à medida que vai vendo que ela não é inferior (gorda pobre negra e feia) nem superior a nenhuma outra mulher (branca magra rica e bem sucedida), que ela não é esta nem aquela, que não é a santa nem a puta... aí sim ela vai  percebendo que apenas não se reconhecia nem se dava o seu real valor. Só depois deste trabalho feito ela  acaba por perceber que o ser mulher não se baseia sequer nem  muito nem pouco em saber isto e aquilo, em ser formada e erudita, ou ter muita informação cientifica ou conhecimentos ditos  "espirituais", sobre arcanjos,  deuses e anjos e deusas etc.. Ela deixa de ter disputas de saberes e conhecimentos ou diplomas e de precisar de usar dons ou  apregoar algumas dessas "realizações espirituais" etc. compradas em pacotes no seminários de fim de semana...
Tudo o que a Mulher tem de saber e reconhecer é o seu valor pessoal e intrínseco, que ninguém lhe tira nem ninguém a acrescenta...porque essa é uma fonte de saber dentro de si à qual ela tem de recorrer para se encontrar e afirmar-se em si mesma: é encontrando o seu centro e ser apenas o que é e não se medir mais por qualquer bitola, da moda, do conhecimento académico, da espiritualidade, da ciência ou da religião...
A mulher, qualquer mulher, tem em si o poder de SER Mágica e ela tem de ousar apenas ser quem é à partida e sem medo. Ser apenas ela própria, independentemente de tudo o mais que ela possa acumular de saberes, ela tem o SABER em si.

Como diz uma amiga, "Quanto mais conscientes de si , da própria humanidade , do poder de conexão com o conhecimento silencioso legado ás mulheres, mais proteção psíquica, emocional e espiritual a mulher alcança . Mesmo dentro do sistema fisicamente , a mulher tem condições de resistir e não ter até a alma devorada pelo sistema. " Flor del Sur
rlp


*Rissa Cavalcanti - o casamento do sol com a lua

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