O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 18, 2017

A informaçã subliminar...


AVIOLÊNCIA VERBAL CONTRA AS MULHERES
POR PSEUDO ESCRITORES E ESCRITORAS POP...


A Violência da pornografia VERBAL, ou o abuso da linguagem ordinária, do palavrão, que incita à sexualidade desabrida, gratuita, é gerada nesta confusão que são a perda de valores, e torna-se num ataque à sanidade mental da pessoa humana e são de uma violência enorme à integridade e liberdade de “escolha” baseada na sensibilidade da mulher; ela é ademais uma aviltação da mulher em forma de romance, na escrita destes “escritores” pop – homens e mulheres, e que dezenas de mulheres cegas seguem fascinadas com a sua audácia, o seu vazio, a sua esterilidade, o seu ego, a sua obsessão fálica, a sua verborreia, a sua falta de ética e de estética. Gente sem a menor profundidade no que escrevem e que ataca de forma desabrida, indecente, sim, digo INDECENTE, DESONROSA,  TODAS AS MULHERES: as mães, as filhas, as irmãs e sobretudo as amantes…só é possível pela ignorância da própria mulher em se honrar, em se dignificar a si própria, em se dar valor, em se saber ao certo, em se realizar a partir de si …
A quantidade de mulheres e a maioria jovem que lê estes autores meio pornográficos é enorme...
E elas não se apercebem das violência que nesta escrita é feita à mulher e que ela aceita passivamente, às vezes orgulhosamente, coisas infames como estas:
“Sê uma rameira, uma prostituta, uma vadia, uma meretriz. Sê fácil para quem amas. Perdoa quem amas. Dá uma trancada no orgulho e dá uma trancada – ou várias – em quem amas. Não evites viver. Não evites, também, sofrer e fazer sofrer de novo, magoar e ser magoada de novo, chorar e ser chorada de novo. Não evites arriscar, não evites temer estar a ir longe demais. Não evites: não te evites. Porque é viver, e mais nada, que é inevitável.”*

"Sê e diz e faz o que queres ser e dizer e fazer. Se te apetece abrir os braços a quem te magoou: abre; se te apetece abrir as pernas a quem te fez sofrer: abre; se te apetece enfiar a língua na boca de quem devias odiar: enfia. Despreza as desprezíveis leis do amor-próprio. O amor-próprio é uma treta. Só te amas se te sentires bem contigo. E só te sentes bem contigo se estiveres bem com tudo aquilo que és. E se amas quem amas só te sentes bem com tudo aquilo que és se te sentires bem com aquilo que amas. E quando se ama quase tudo (ou tudo) aquilo que és é aquilo que amas."* 

Tudo isto deve-se à sua falta de consciência do feminino profundo, deve-se ao enorme vazio da sua vida, à sua falta de valor como ser humano, à falta de sentido que não encontra em si mesma como pessoa, sobretudo como MULHER e a não ser o viver pelo homem, projectada no homem, projectada no filho e agora no sexo, no falo, ela acha que não vive, porque a mulher foi programada para obedecer e servir a deus, ao pai, ao marido e ao filho e agora vê inverter-se a sua situação de mulher legítima e séria… ou...de prostituta, e a ser “enaltecida” já não no altar, ou no bordel, mas exclusivamente na cama, como mulher-objecto, só sexo, uma mulher degradada pela sexualidade mais abjecta para servir ao seu “deus falo”.
Toda esta "literatura é  baseado na  anulação da Mulher, na negação da entidade mulher e na sua  submissão, que a leva a abjecção de uma total e completa sujeição “ao prazer” (sado-maso) anulando todo o seu ser na mera escravidão sexual aos padrões machistas e falocráticos que agora se destacam não só nos Mídea e Publicidade em geral como é o tema preferencial destes escritores pop-pornográficos, que são realmente uma chaga literária… como o autor citado e a autora dos livros  "Tons de Cinza" - sucesso estrondoso a nível mundial, agora também no cinema.

Esta geração rasca, realmente rasca, pensa que ter vergonha na cara, ter sensibilidade ou ser romântico, não é moderno nem comercial, e o que importa é Vender e comprar a todo o transe…e pensam que dizer todas estas barbaridades a qualquer preço e que o dizem em nome da “mulher” do “amor” do “desejo” e até de “deus”…é o máximo…e é “arte”…ou literatura…de lixo!

Este é apenas LIXO tóxico ao cimo do Planeta, porque ele é mental e imoral e quase toda esta geração proveniente do Sistema mercantil e económico é a expressão máxima dos dias em que vivemos…

Prova-o a poluição verbal e a violência camuflada, o despotismo e a demência disfarçada de arte (de vómito) e literatura de cordel que enaltecem e que abunda por aí.



RLP
* De Pedro Chagas Freitas
(texto revisto e republicando)

NOTA: veja-se a subtileza da informação da imagem que dizendo algo de supostamente positivo para a mulher transmite a ideia contrária - de que o perigo da mulher são as ligas e as pernas e não o ler...

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